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Estudioso vê rituais satânicos se tornando comuns em shows

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O pesquisador Vinícius Lana, especialista em escatologia e autor de estudos sobre simbologias religiosas na cultura pop, afirmou em entrevista ao PodCrê que grandes shows internacionais realizados no Brasil estariam associados a rituais satânicos planejados, com impacto espiritual sobre os participantes.

Lana mencionou apresentações de artistas como Lady Gaga, Madonna, The Weeknd e Bring Me The Horizon, apontando para elementos simbólicos que, segundo ele, fazem parte de uma “engenharia espiritual” disfarçada de entretenimento.

“Nada é por acaso. Desde coreografias até cenários, há uma engenharia simbólica para influenciar o público”, declarou.

Shows e simbologias apontadas

Entre os casos citados pelo pesquisador:

  • Lady Gaga – Segundo Lana, a cantora faz uso de figurinos e gestos simbólicos ligados a “rituais de inversão de valores”, com referências visuais ao Baphomet e ao iluminismo em suas performances anteriores. O show da artista está marcado para o dia 3 de maio de 2025, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A expectativa é de um público de aproximadamente 1 milhão de pessoas. “O local e a data são estratégicos, assim como ocorreu com Madonna em 2023”, afirmou.

  • Madonna – Durante a Celebration Tour, em maio de 2023 no Rio, Lana afirma que houve a execução de simulacros de missas negras e projeções do símbolo do olho que tudo vê, frequentemente relacionado à maçonaria.

  • The Weeknd – A turnê After Hours Til Dawn, apresentada em São Paulo, teria incluído referências ao Terceiro Templo de Jerusalém e ao que Lana interpreta como uma “narrativa de gestação do anticristo”.

  • Bring Me The Horizon – Em show realizado em 2022, também em São Paulo, o vocalista Oliver Sykes teria “pedido permissão ao público para realizar um ritual com pentagrama no palco”, conforme relatado por Lana.

“Brechas espirituais”

Para o pesquisador, eventos como esses não são apenas expressões culturais, mas manifestações de uma disputa espiritual descrita em Efésios 6:12, que menciona a luta “contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais”.

“Participar desses eventos ou consumir as músicas é uma forma de pacto involuntário”, alertou Lana, ao comentar o possível efeito dessas experiências sobre a vida espiritual dos presentes.

Ele não apresentou evidências documentais específicas, mas indicou “padrões repetitivos” nas letras e na estética de determinados artistas como indícios de uma ação coordenada.

Reações e controvérsias

As declarações de Lana dividem opiniões entre líderes evangélicos, estudiosos da religião e o público em geral.

O pastor Silas Malafaia, em ocasiões anteriores, já havia denunciado “conteúdos subliminares” na indústria do entretenimento, reforçando o alerta sobre músicas seculares. Em contrapartida, especialistas da área acadêmica apontam a necessidade de uma análise mais ampla.

“Associar entretenimento a satanismo é reducionismo que ignora contextos artísticos”, avaliou a antropóloga Carla Rocha, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em entrevista ao mesmo podcast.

Mobilização e publicação

Em resposta à apresentação marcada de Lady Gaga, grupos cristãos têm promovido vigílias de oração e intercessão nas proximidades da Praia de Copacabana, com o objetivo de “cobrir espiritualmente a cidade”.

Vinícius Lana também anunciou o lançamento de um livro para 2025, no qual pretende reunir suas pesquisas e “revelar documentos internos da indústria musical”.

Contexto histórico

A preocupação com mensagens ocultas na música não é nova. Desde os anos 1980, músicas como Stairway to Heaven, da banda Led Zeppelin, foram alvo de rumores sobre mensagens subliminares e satânicas, sobretudo se tocadas ao contrário.

Em 2023, segundo dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAFIN), o Brasil recebeu 48 turnês internacionais, movimentando R$ 2,3 bilhões. A crescente popularidade de megaeventos no país tem levantado discussões sobre os limites entre arte, espiritualidade e cultura de massas.

“Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém; tudo me é lícito, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” — 1 Coríntios 6:12.

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