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Estudo mostra pacientes recuperados de Covid com perda de memória e depressão

De acordo com o líder da pesquisa, as descobertas sobre os sintomas pós-Covid são inesperadas.

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Covid-19, novo coronavírus. (Foto: Fusion Medical Animation / Unsplash)

Um estudo da Universidade Chinesa, mostrou que cerca de um terço dos pacientes recuperados do coronavírus em Hong Kong relataram perda de memória, enquanto uma porcentagem semelhante luta contra a depressão e ansiedade, meses depois da cura.

Alguns dos 128 pacientes recuperados que foram entrevistados por uma equipe da instituição disseram ter esquecido nome de amigos ou não ter mais concentração, da mesma forma que um paciente idoso não conseguia mais lembrar de uma rota que frequentava perto de casa.

O estudo ainda não foi concluído, porém de acordo com o líder da pesquisa, Dr. Arthur Mak Dun-ping, essas descobertas preliminares são incomuns e inesperadas.

“Esperamos que mais pessoas possam participar, para que possamos concluir rapidamente o estudo de base para nos ajudar a estimar a prevalência do problema”, disse Dun-ping.

O grupo de entrevistados de Hong Kong, têm entre 20 e 70 anos e muitos tiveram a doença há cerca de 10 meses.

Os distúrbios emocionais estão persistindo

O Dr. Mak também está encarregado de um estudo global que analisa os impactos da pandemia nos residentes comuns em quarentena, instalações do governo e profissionais de saúde que ainda estão em andamento, além dos pacientes recuperados da Covid-19.

Pacientes recuperados de todo o mundo teriam relatado algum tipo de comprometimento cognitivo depois da infecção, semelhantes aos sintomas da síndrome pós-Covid também conhecida como Covid-longa.

“Começamos a ouvir relatos esparsos de sobreviventes da Covid-19 sobre deficiências cognitivas – não sendo capazes de reconhecer rotas ou pessoas comuns – em algum momento no final do ano passado”, disse ele.

No entanto, ele salientou que esses tipos de sintomas juntamente com distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão,  também são muito comuns nas pessoas que acabaram de se recuperar de doenças agudas.

Portanto, a prevalência desses sintomas por tanto tempo nunca foi vista antes, disse o Dr. Dun-ping, segundo a South China Morning Post.

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