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Evangélicos marcham contra lei de bioética que exclui pai, na França
Milhares tentam impedir uma lei que acreditam ir contra a dignidade e o direito das crianças.
O projeto de lei estabelece que o Estado francês irá arcar com as despesas do processo de reprodução in vitro e também estabelece um novo modo de filiação para um casal de lésbicas, que serão responsáveis pela criança.
Durante a manifestação, eles emitiam frases como “respeito à dignidade humana”, “ essa lei não é bio, e nem ética”, “nenhuma criança sem pai”, “não a comercialização da procriação”, para que suas ideias fossem ouvidas.
O Comitê Evangélico Protestante da Dignidade Humana (CPDH), também estava presente na manifestação e denunciou que a França está abrindo as portas para a ‘seleção humana’ e a ‘comercialização de crianças’.
“Se a lei for adotada, estará privando a paternidade voluntária e legal , algo totalmente inaceitável e impensável tanto do ponto de vista da proteção da igualdade republicana entre os filhos, quanto do respeito à Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança”, disse o Comitê Evangélico Protestante pela Dignidade Humana (CPDH) em um comunicado recente.
A entidade evangélica afirmou ainda que as promessas de um debate honesto com a sociedade não foram cumpridas pelo primeiro-ministro francês.
Em entrevista ao Evangelical Focus, o presidente do CPDH, Franck Meyer, disse que “a vontade do presidente Emmanuel Macron é claramente transgressora em relação à bioética”.
Eles pediram ainda uma suspensão ao projeto da bioética, querem que as autoridades ouçam a sociedade civil e não aprovem uma lei que desrespeite a dignidade humana e os direitos das crianças.