igreja perseguida
Extremistas exigem exumação do corpo de pastor na Ásia Central
O líder cristão foi enterrado em cemitério muçulmano sem o conhecimento do imã.
Na noite 26 de setembro, o pastor Rasim, codinome para proteger a identidade, morreu vítima de meningite tuberculosa aos 58 anos, na Ásia Central. O último desejo dele foi ser enterrado ao lado da mãe, em um cemitério muçulmano.
O corpo pôde ser sepultado no local desejado. Mas, após o imã (líder religioso islâmico) local descobrir que um cristão foi enterrado no cemitério muçulmano, os problemas começaram.
A irmã de Rasim disse aos cristãos, pastoreados por ele, que o último desejo dele era ser enterrado ao lado da mãe, em um cemitério muçulmano. Então, ela conversou com o líder local e explicou sobre o desejo do irmão, por isso teve a permissão para realizar o velório e sepultamento do cristão ali.
Mais tarde, a esposa do pastor informou que o imã do cemitério local descobriu que o marido dela era um cristão, e então ele exigiu a exumação do corpo. A irmã de Rasim, durante a conversa com o líder religioso, não mencionou que o pastor era um cristão ex-muçulmano, e por isso o enterro dele havia sido autorizado.
Rasim serviu como pastor durante muitos anos em uma comunidade de ex-dependentes de álcool e drogas, e ex-criminosos. Ele visitou prisões, centros de tratamentos e hospitais, sempre propagando o evangelho e levando pessoas a Cristo. Após o incidente, a família do cristão está confusa e chateada com a situação, e com medo de conflitos religiosos que possam acontecer.
Em países da Ásia Central, a igreja se reúne secretamente, pois é proibido ser cristão e podem ser aplicadas severas multas e até prisões. Os cristãos são secretos e, muitos deles, não revelam sua crença sequer a parentes próximos, como filhos, esposas, maridos, pais, mães e irmãos, com medo de serem expulsos ou castigados por suas própria família.