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Flávio Dino distorce a Bíblia para defender prisões: “Deus não fez anistia”

Ministro da Justiça tentou justificar prisões que foram realizadas sem provas.

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Flávio Dino (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O  novo ministro da Justiça, Flávio Dino, fez uma série de declarações com menções Bíblicas para tentar justificar a prisão de manifestantes em Brasília, comparando a ação do governo petista com a punição da humanidade no Jardim do Éden.

Ao discursar na posse do novo comandante da Polícia Federal, Dino fez uma interpretação distorcida da Bíblia para tentar dar legitimidade as ações contra opositores de Luiz Inácio Lula da Silva.

“A Bíblia, no livro dos Gênesis, traz o primeiro inquérito, a primeira ação penal e a primeira sentença”, disse o ministro, se referindo ao momento em que Deus teve de expulsar o primeiro homem e a primeira mulher do Jardim do Éden.

“Lá, foram condenados Adão, Eva e a serpente. E Deus não fez anistia. Deus não transigiu com princípios. Deus aplicou a lei. E Deus puniu proporcionalmente Adão, Eva e a serpente”, argumentou Dino.

Nesse mesmo sentido, o ministro defendeu que os manifestantes detidos pela Polícia Federal, contendo entre eles muitos idosos e crianças, sejam punidos para que cumpram o “princípio da responsabilidade”.

“É isso que temos de fazer. Esse é o princípio da responsabilidade. E aqueles que dizem que são cristãos, mas que, em verdade, são aquilo que Jesus Cristo disse a respeito dos sepulcros caiados”, criticou o ministro, segundo informações da Revista Oeste.

“Por fora, ostentam supostos valores da família. Mas, por dentro, são capazes de atos hediondos. Sejamos nós, autenticamente cristãos, patriotas e que possamos garantir a autoridade da lei”, atacou o ministro que já se declarou “comunista, graças a Deus”.

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