opinião
Havaí e o controle do comportamento através do Estado
“Muitos querem que o governo proteja o consumidor. Um problema muito mais urgente é proteger o consumidor do governo.” – Milton Friedman
As belezas naturais do Havaí são estonteantes. Estas pequenas ilhas oferecem muito mais do que o céu azul do vulcão Diamond Head (também tem o vulcão mais ativo do mundo), ou praias de areia branca de Waimanalo ou os recifes de Waikiki ou as águas cristalinas da Baia Kaneohe.
É quase aquela expressão de que “o céu está chamando.” No entanto, por mais verdadeiro que seja esta dádiva da natureza, até aqui em Honolulu o governo está tentando regular as decisões pessoais de cada individuo.
É aquela velha expressão rural de que “o que a natureza dá o governo toma”. Nem mesmo a beleza de Hanauma consegue diminuir o ímpeto regulatório do governo.
O exemplo do Havaí é cômico, pois poderá ser o primeiro Estado a realmente proibir o fumo.
Não que a lei proíba o fumo, mas estão avaliando um projeto que proibirá a venda de cigarros para menores de 100 anos!
Embora o proponente da proposta seja um parlamentar médico, como legislador ele não pode trafegar pela estrada da boa intenção tentando ditar o comportamento das pessoas.
Ele até pode, e deve, como médico, alertar as pessoas para o malefício do cigarro. Mas esta batalha tem que ser médica e não pela imposição de restrições públicas.
Eu não fumo e não aconselho as pessoas fumarem. Mas esta decisão tem que ser tomada por cada cidadão e não pelo Estado.
Precisamos entender que esta obsessão generalizada do Estado em controlar todos os comportamentos dos cidadãos tem como resultado um enfraquecimento da responsabilidade moral e cívica dos mesmos.
Não há moralidade onde o cidadão não é livre para escolher, pois a moral é necessariamente uma conduta individual.
Quanto o Estado é forte a ponto de intervir nas decisões de seus membros, a moral é fraca.