Histórias que se escondem por trás das “árvores de Natal”

Por que motivo “árvores de Natal” são montadas no mês de dezembro? Muitos cristãos decoram suas casas e não sabem ao certo o motivo pelo qual incluem uma árvore na época em que comemoram o nascimento de Cristo.

A maioria já sabe que Jesus não nasceu, de fato, em dezembro, mas a tradição é que seja comemorada a vinda do Salvador ao mundo.

De acordo com a revista Christianity Today, historicamente, a árvore era um antigo símbolo da vida no meio do inverno. Romanos decoravam suas casas com ramos verdes durante as festas de Ano Novo. Habitantes do norte da Europa cortavam árvores e as plantavam em caixas dentro de suas salas. Isso fazia parte dos “festivais de inverno”.

O pastor luterano Alexander Busch, em seu artigo “Pinheiro de Natal”, comenta que a tradição de se usar a árvore como símbolo da vida é muito antiga e não é exclusiva do cristianismo. “Enquanto todas as árvores estão desfolhadas, o pinheiro é o único que mantém as suas folhas ainda viçosas e verdes durante o inverno”, observou.

“É durante o frio do inverno que algumas árvores resistentes anunciam que a vida persiste e a primavera há de chegar”. Para o pastor a árvore de Natal é um grande símbolo de esperança e de persistência.

Lendas

No início da Idade Média, dizia-se que “Cristo nasceu no auge do inverno” e que todas as árvores, em todo o mundo, miraculosamente sacudiram sua neve e produziram brotos novos e verdes.

E no final da Idade das Trevas, peças teatrais exibiam dramas com temas bíblicos, incluindo a história da Criação. A véspera do Natal era ocasião para comemorar a vida de Adão e Eva. A apresentação “Jardim do Éden” era simbolizada pela “árvore do paraíso” decorada com muitas frutinhas.

Há também lendas menos atrativas, ligadas à mitologia babilônica. Conta-se que o dia 25 dezembro era nascimento de Tamuz e os pagãos se lembravam da suposta ressurreição do deus-sol.

Por conta dessa lenda, há muitos cristãos que afirmam que montar uma árvore de Natal é um ato pagão e que pode ser a “porta de entrada para demônios” ou ainda “que a presença de um objeto assim pode dar legalidade para que venham agir em sua vida”.

Seja como for, tradições e símbolos dependem da crença de cada um. Psicólogos alertam para o fato de que o ser humano tem o poder extraordinário de interpretar as coisas e as situações dentro de seus próprios valores.