igreja perseguida
Homem cristão condenado à morte por vídeo do TikTok
Ahsan Boota Masih, de 27 anos, foi condenado à morte no Paquistão.
Ahsan Boota Masih, um jovem cristão de 27 anos no Paquistão, foi condenado à morte por supostamente postar um vídeo considerado blasfemo no TikTok. As acusações surgiram após distúrbios em Jaranwala em 2023, durante os quais mais de 25 igrejas foram incendiadas e casas de cristãos foram saqueadas. Segundo as autoridades, uma imagem de uma carta blasfema, que teria contribuído para os distúrbios, foi republicada na conta de TikTok de Masih, o que levou à sua prisão sob as rígidas leis de blasfêmia do Paquistão.
Em 29 de junho de 2024, Masih foi condenado à morte por um tribunal antiterrorismo sob a Seção 295-C do Código Penal do Paquistão, que prevê pena de morte ou prisão perpétua por profanar o nome do Profeta Muhammad. Além disso, ele foi sentenciado a 10 anos de prisão e multado em 500.000 rúpias paquistanesas.
A família de Masih, no entanto, nega todas as acusações, alegando que o vídeo blasfemo não foi postado por ele, mas por amigos que pegaram seu telefone sem seu conhecimento. Eles acreditam que o caso foi manipulado por esses amigos devido a uma disputa financeira envolvendo a compra de uma motocicleta.
O advogado de Masih, Khurram Awan, criticou o julgamento, apontando que não foram apresentadas evidências digitais para provar que Masih compartilhou o conteúdo blasfemo. A defesa também destacou um relatório forense que indicou que nenhum material blasfemo foi encontrado no telefone de Masih. Awan entrou com um recurso no Tribunal Superior de Lahore, buscando a reavaliação do caso, na esperança de que a sentença de morte seja anulada por falta de evidências concretas.