sociedade
Homem passou quase 30 anos cavando canal para levar água a sua tribo
Aos 70 anos, ele agora vê os frutos do trabalho árduo e heroico.
Loungi Bhuiyan era chamado de louco por familiares e vizinhos, pois todos os dias, incansavelmente, ele cavava um canal com o objetivo de levar água para sua aldeia que tem problemas com a seca. O seu vilarejo em Kolithwa, na Índia, agora pode cultivar plantas.
Bhuiyan passou quase 30 anos cavando o canal. Por causa da seca, muitos jovens deixavam a aldeia, daí um sonho surgiu em seu coração e ele começou a acredita que poderia cavar um canal e redirecionar os riachos da colina para o vilarejo acabando com o problema dos agricultores.
Todos os dias ele se direcionada a fonte de água mais perto dali para continuar a escavação, levando consigo apenas a enxada, não medindo esforços para continuar com o seu objetivo.
Os moradores o xingavam, pois eram anos e os esforços dele eram inúteis. A família do homem também acreditava que ele era louco e possesso, chegaram até a levá-lo em vários curandeiros da aldeia para fazer um exorcismo.
Loungi era implacável em seu objetivo, nem mesmo a descrença das pessoas o fizeram desistir. Dshrath Manji, outro indiano, também o inspirou. Segundo a história, Manji abriu uma entrada na montanha apenas com um martelo e um cinzel, trabalhando durante 22 anos, para encurtar a distância da aldeia com a cidade mais próxima.
História de fé e superação
O jornal Al Jazeera reportou que Loungi disse que tinha ouvido falar de Manji e pensou, “se ele pôde fazer isso, por que eu não posso? Todos achavam que eu estava louco”, até o seu filho admitiu que ao jornal que achava que ele era louco.
O chefe da aldeia, Vishnupat Bhokta disse ao The Tribune, que em 2001, ele decidiu cavar um canal, a partir de uma fonte natural de água que fica na floresta Bagetha Sahwasi e leva-la para aldeia. Era onde os moradores levavam o gado para beber água.
Loungi demarcou o terreno e a rota do canal e trabalhou incansavelmente durante cerca de 20 anos para cavar o canal de 5 km, que tem um metro de largura e um metro de profundidade, continuou contando Bhokta.
“Tendo em vista seus esforços hercúleos, a administração distrital também apresentou ajuda. O governo agora o nomeou o local de Canal Loungi. Ele também cavou um pequeno lago (Aahar na língua local) para armazenar água nos verões para irrigação e consumo doméstico”, contou o chefe.
Hoje com quase 70 anos, o homem conseguiu ver pela primeira vez a sua aldeia conseguir cultivar o trigo. Mesmo sendo desmotivado por todos, Loungi mostrou que tudo é possível, e conseguiu abençoar todos aqueles que o chamavam de louco, com a sua ‘loucura’.