igreja perseguida
Igreja continua crescendo no Irã, mesmo sob intensa perseguição
Aqueles que não negam a Cristo enfrentam prisões, torturas ou isolamento
Só neste ano, o Irã prendeu mais de 55 cristãos por causa de sua fé. Além da pressão para que prevaleça o islamismo no país, há muita violência e prisões desnecessárias para aqueles que se decidem pelo cristianismo.
Um dos exemplos em destaque é o caso do pastor Yousef Nadarkhani que é considerado uma “ameaça à segurança nacional”. Ele ficou internacionalmente conhecido, após ter sido condenado à morte por apostasia. Embora ele tenha sido absolvido dois anos depois, foi preso repetidas vezes como forma de “intimidar a comunidade cristã” naquele país.
“O regime iraniano continua violando a lei internacional sobre a liberdade de religião ou crença. Nos últimos quatro meses, cerca de 20 cristãos iranianos foram presos ou condenados à prisão”, explicou o advogado Kia Aalipour, que representa a Article 18, uma organização que trabalha em favor dos cristãos iranianos.
Amin Afshar Naderi, que se converteu do islamismo ao cristianismo, recebeu uma sentença de 15 anos. “O processo judiciário é mais longo e geralmente acontece com ameaças para coagi-los a deixar o país. Aqueles que recebem sentenças altas são cristãos que se recusam a ser intimidados e a deixar o país após suas primeiras detenções”, esclareceu ao ministério Portas Abertas.
Igreja cresce apesar da perseguição
Kia explica por que ele acha que o governo está aumentando a pressão sobre os cristãos.
“O número de cristãos convertidos aumentou e isso tem alarmado as autoridades iranianas. Eles começaram a impor mais restrições às igrejas, especialmente àquelas frequentadas por cristãos de origem muçulmana. O governo também continua sua política de empobrecer ativamente os cristãos pedindo fianças exageradamente altas”, disse.
Embora os cristãos estejam enfrentando todas essas dificuldades e tenham que viver isolados, isso não significa que a igreja enfraqueceu. Pelo contrário, depois de tanta luta a tendência é que os cristãos fiquem ainda mais fortes e decididos pelo evangelho.
“Depois das prisões, a maioria dos membros da nossa igreja começou a falar às suas famílias com mais ousadia sobre Cristo, e muitos novos convertidos se juntaram a nós. E, apesar do que aconteceu, ainda nos encontramos e saímos em viagens de evangelização. Apesar de nossas fraquezas, Deus tem nos usado”, disse uma líder cristã.
Apesar dos riscos, líderes da igreja secreta no país não perderam a esperança. “Sou grato por poder servir a Deus no Irã. Apesar de todos os problemas e dificuldades, a misericórdia e a graça de Deus estão sempre conosco. E nós somos gratos por aqueles de fora do Irã que nos apoiam. Deus tocou seus corações”, concluiu outro líder.