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Igreja entra com ação na Justiça por danos espirituais causados na pandemia
Cristãos na Nova Zelândia buscam reconhecimento legal de que as restrições impostas por governo às igreja durante a pandemia foram ilegais.
Um grupo de pastores, líderes religiosos e cristãos da Nova Zelândia está buscando o reconhecimento legal de que as restrições impostas pelo governo às igrejas durante a pandemia da Covid-19 foram ilegais. A Free To Be Church (FTBC) planeja apelar uma decisão do Tribunal Superior em Wellington, em agosto passado, que justificou a restrição das “crenças religiosas manifestas”.
“Aqui na Nova Zelândia, fomos simplesmente colocados no mesmo grupo que reuniões sociais que incluíam clubes de striptease, bares e eventos esportivos. Portanto, a igreja não era vista como uma entidade única de pessoas que agem de acordo com sua consciência. A igreja não era vista como uma unidade especial e distinta”, disse o pastor Andre Bay, presidente do conselho da FTBC.
Desta forma, inspirado por uma vitória legal na Escócia que reverteu o fechamento de igrejas pela Corte Superior Escocesa, um pequeno grupo de clérigos da Nova Zelândia estabeleceu a FTBC em setembro de 2021 em resposta às restrições da Covid-19 em seu próprio país.
Sendo assim, em uma carta aberta ao governo os pastores apresentaram o embasamento teológico para a crença deles de que “os funcionários do governo não têm o direito de interferir em assuntos eclesiásticos de uma forma que mina ou ignora a autoridade dada por Deus aos pastores e anciãos”.
De acordo com a Fox News, a FTBC processou ministros do governo em abril de 2022, antes da decisão do Tribunal Superior em agosto. Eles decidiram apelar por uma questão de princípio, buscando o reconhecimento de que o governo agiu de forma errada e estabelecer um precedente legal para impedir que algo semelhante aconteça novamente.
Desse modo, a apelação está programada para ser ouvida em 3 de agosto. Embora as restrições tenham sido suspensas, Bay disse ser importante lembrar “o real dano espiritual que foi causado às pessoas” pela resposta do governo à Covid-19, que proibia os pastores de orarem com fiéis solitários que estavam morrendo.
“Acredito que o aspecto emocional e espiritual dessas restrições é subestimado quanto ao efeito que tiveram sobre nosso povo e sobre nós como pastores, porque queremos ser fiéis ao nosso chamado. Mas, se você é impedido por lei de fazer aquilo que acredita que Deus o chama para fazer, isso o coloca em uma situação muito, muito difícil”, disse Bay.
Por fim, independentemente do resultado de seu apelo no caso, os clérigos da FTBC afirmam que a atitude anticristã demonstrada por seu governo durante a pandemia está se espalhando para outras áreas. Em seu site, a FTBC também alerta sobre outras legislações na Nova Zelândia que eles afirmam estar tornando “muito mais difícil ser cristão” no país.