Irã instala câmeras para monitorar e punir mulheres sem véu

O regime do Irã anunciou que vai instalar câmeras de segurança nas ruas para identificar e penalizar as mulheres que não usam o hijab, o véu islâmico.

Segundo a polícia local, as mulheres que forem identificadas receberão “mensagens de texto de advertência sobre as consequências” de seus atos. O objetivo das autoridades é controlar o crescente número de mulheres que desafiam o código de vestuário obrigatório imposto pelo islamismo.

O Irã tornou-se um país teocrático após a Revolução de 1979 e, desde então, as mulheres são obrigadas por lei a cobrir seus cabelos com o véu e usar roupas largas para encobrir o formato de seus corpos. Aquelas que descumprem a norma enfrentam repreensões públicas, multas e até mesmo a prisão.

O anúncio do regime ocorre após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que foi morta em setembro do ano passado, após ficar sob custódia da polícia moral por supostamente não usar o véu islâmico. Desde então, o país vive a maior onda de protestos desde a Primavera Árabe, em 2009, com milhares de pessoas nas ruas a favor dos direitos das mulheres iranianas.

O primeiro grande protesto aconteceu depois do funeral de Mahsa, na cidade de Saqqez, no oeste do Irã. De lá para cá, muitas mulheres assumiram o protagonismo e passaram a andar com a cabeça descoberta. Vídeos de mulheres sem véu que resistem à polícia moralidade inundaram as mídias sociais.

Alguns grupos de manifestantes fizeram grandes exigências ao regime, chegando a pedir a deposição do Estado. No final do ano passado, o Irã autorizou que manifestantes fossem condenados à pena de morte.

Para o regime iraniano, a resistência em acatar as normas do país “mancha” a imagem espiritual do Irã e espalha insegurança. O uso do hijab é considerado um símbolo de modéstia e um sinal de submissão a Deus, segundo a interpretação dos líderes islâmicos do país.

A imposição do uso do hijab é criticada por muitas mulheres iranianas, que veem a obrigatoriedade como uma violação de seus direitos. As mulheres que desafiam o código de vestuário têm sido cada vez mais vistas em cidades como Teerã, a capital do país, onde muitas delas usam véus coloridos, mais curtos ou mais soltos do que os exigidos pelas autoridades.

Com a instalação das câmeras de segurança nas ruas, o regime islâmico tenta reprimir ainda mais a resistência das mulheres e impor seu controle sobre a população. No entanto, a medida pode desencadear ainda mais protestos e aumentar a pressão por mudanças no país.

Como tratar as mulheres

A Bíblia Sagrada contém diversos versículos que falam sobre o tratamento adequado que devemos ter com as mulheres. Além disso, o próprio exemplo de Jesus é um modelo a ser seguido nesse sentido, pois Ele sempre tratou as mulheres com respeito, dignidade e amor.

Um dos versículos mais conhecidos é Gálatas 3:28, que afirma que “não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos vós sois um em Cristo Jesus”. Isso significa que, diante de Deus, todos têm o mesmo valor e dignidade, independentemente de sua posição social, gênero ou etnia.

Outro exemplo é o tratamento que Jesus dispensou às mulheres em sua vida e ministério. Ele conversou com a mulher samaritana no poço (João 4:7-26), defendeu a mulher adúltera da multidão que queria apedrejá-la (João 8:1-11), curou a mulher que sofria de hemorragia há doze anos (Marcos 5:25-34), ressuscitou a filha de Jairo (Lucas 8:49-56) e, por último, mas não menos importante, apareceu primeiro às mulheres após sua ressurreição (Mateus 28:1-10).

Além disso, a Bíblia nos ensina a tratar as mulheres com amor, respeito e consideração. Em Efésios 5:25-28, por exemplo, é dito aos maridos que amem suas esposas como Cristo amou a igreja e deu sua vida por ela. Em Provérbios 31:10-31, é descrita a virtuosa mulher, que é elogiada por suas habilidades, bondade e cuidado com sua família.

Portanto, como seguidores de Cristo, devemos seguir seu exemplo e tratar as mulheres com amor, respeito e dignidade, reconhecendo que elas são criadas à imagem de Deus e têm o mesmo valor e dignidade que qualquer outra pessoa.