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Juiz diz que Visa ajudou a monetizar pornografia infantil

De acordo com o juiz Carney, a Visa sabia da relação dos sites com o conteúdo de pornografia infantil.

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Pornhub (Foto: Direitos Reservados/Deposiphotos)

Um juiz decidiu que a Visa certamente sabia que sua monetização estava relacionada a pornografia infantil, localizada no site Pornhub e outros sites de sua controladoria.

De acordo com Christian Post, o processo foi iniciado na segunda-feira (25) passada, no Tribunal Distrital dos EUA na Califórnia.

Serene Fleites, a queixosa, disse que em 2014, o Pornhub tinha um vídeo sexualmente explícito dela sob o título “Morena de 13 anos se mostra na câmera”, e de fato, na ocasião ela tinha 13 anos.

Na lista de réus na ação, consta a Visa que pediu para ser indeferida no litígio. Entretanto, o pedido foi negado pelo juiz distrital dos EUA.

Serene disse que o seu namorado na época pediu para ela fazer o vídeo e, posteriormente ele foi publicado sem o seu consentimento.

Segundo informações, a MindGeek postou o vídeo e teve mais 400 mil visualizações, antes mesmo de Serene saber disso. Além da MindGeek, a empresa responsável pela Pornhub também lucrou com o vídeo.

“Enquanto a MindGeek lucrava com a pornografia infantil com a Autora, a Autora era intermitentemente sem-teto ou morava em seu carro, viciada em heroína, deprimida e suicida, e sem o apoio de sua família”, diz o processo.

Fleites argumenta no processo, que a Visa, empresa gigante de cartão de crédito no mundo, sabia que os sites da MindGeek tinham pornografia infantil e, ainda assim não eliminaram o conteúdo.

“A Visa e seus bancos agentes concordaram explicitamente com a MindGeek em continuar a processar transações sem restrições em todos os sites da MindGeek, desde que a MindGeek mantivesse alegações de janela pré-textuais de que tinha tecnologia, processos e políticas em vigor para evitar tais contente,” afirma o processo.

De acordo com o juiz Carney, a Visa sabia da relação dos sites MindGeek com o conteúdo de pornografia infantil.

“Quando a MindGeek decide monetizar pornografia infantil e a Visa decide continuar permitindo que sua rede de pagamento seja usada para esse objetivo, apesar do conhecimento da monetização da pornografia infantil da MindGeek, é totalmente previsível que vítimas de pornografia infantil como o autor sofrerão os danos que alega o autor”, escreveu o juiz.

Por outro lado, a Visa diz que deve ser retirada do processo porque o caso depende da MindGeek e do então namorado da queixosa à época.

No entanto, Carney decidiu que o “trauma emocional que a Autora sofreu flui diretamente da monetização de seus vídeos pela MindGeek”.

“É aí que a Visa entra em cena à vista de todos, desobstruída pelos terceiros que tenta colocar entre ela e a Autora”, escreveu Carney na decisão.

“Os passos que a MindGeek tomou para maximizar essa monetização. Se não fosse por seu esforço para maximizar o lucro, por que a MindGeek permitiria que o primeiro vídeo do Autor fosse postado, apesar de seu título indicar claramente que o Autor tinha bem menos de 18 anos de idade?”, questionou o juiz.

Domingo (31), um comunicado foi publicado pela porta-voz da Visa, a respeito do processo.

“A Visa condena o tráfico sexual, a exploração sexual e os materiais de abuso sexual infantil como repugnantes aos nossos valores e propósitos como empresa,” diz o comunicado.

“A Visa não tolerará o uso de nossa rede para atividades ilegais. Continuamos a acreditar que a Visa é um réu impróprio neste caso”, argumentou.

A MindGeek também emitiu uma declaração sobre o processo.

“A MindGeek tem tolerância zero para a postagem de conteúdo ilegal em suas plataformas e instituiu as salvaguardas mais abrangentes na história da plataforma gerada pelo usuário”, disse a empresa controladora do Pornhub em comunicado.

“A Visa continuou a processar pagamentos para o Pornhub e outros sites de propriedade da MindGeek, mesmo depois de estar ciente dos abusos generalizados que ocorrem no Pornhub. É certo que a Visa deve ser responsabilizada por seu papel no tráfico sexual infantil no Pornhub.” disse Dawn Hawkins, CEO do Centro Nacional de Exploração Sexual, em comunicado.

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