igreja perseguida
Lei no Irã faz aumentar perseguição aos cristãos
Três cristãos ex-muçulmanos já foram acusados com base na nova lei.
Em fevereiro, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, assinou o Artigo 500-bis, uma lei que criminaliza qualquer “educação ou propaganda desviante” contra os ensinamentos do Islã, e já está servindo para perseguir os cristãos.
O texto penaliza as “atividades sectárias”, ou seja, qualquer tipo de intolerância, bem como “qualquer educação ou propaganda desviante que contradiga ou interfira com a sagrada sharia islâmica será severamente punida”.
As autoridades, no entanto, estão usando a nova lei para atingir grupos errados, como os que se desviam do Xiismo Twelver, a base da fé da República Islâmica do Irã, relatou o Christian Solidarity Worldwide (CSW).
Caso a ordem seja violada, as penas podem levar de dois a cinco anos de prisão, proibição de votar de até 15 anos e multas monetárias pesadas.
Cristãos já foram criminalizados sob a nova lei
Nesta semana, três cristãos já foram julgados de acordo com o Artigo 500-bis. Antes o governo usava as leis de segurança nacional para prender os seguidores de Cristo.
Amin Khaki, Milad Goudarzi e Alireza Nourmohammadi, de Karaj, norte do Irã, todos de origem muçulmana, foram acusados de “atividades sectárias e engajamento em propaganda contra o regime islâmico”.
Mevyn Thomas, presidente e fundador da CSW, disse que: “A nova emenda prejudica gravemente a capacidade do Irã de cumprir suas obrigações sob o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos de promover, proteger e defender as liberdades de religião ou crença e de expressão”.
Para a organização de direitos humanos, o julgamento desta semana mostrou que as minorias religiosas e os cristãos no Irã estão sendo perseguidos pela nova lei através do sistema judicial, reportou o Christian Today.