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Líderes evangélicos querem que Bolsonaro indique William Douglas para o STF
Para 92% dos líderes, William Douglas é o melhor nome para representar os evangélicos.
A indicação de um ministro evangélico para o Supremo Tribunal Federal (STF) é algo que tem sido aguardado por lideranças evangélicas, que no ano passado entregaram uma lista tríplice para o presidente da República, Jair Bolsonaro, assinada por pastores das principais denominações do país.
Na lista, Foram sugeridos os nomes do juiz federal William Douglas, do advogado e desembargador aposentado Jackson di Domenico e do integrante do Ministério Público Federal em Brasília José Eduardo Sabo Paes. Mas é o nome de William Douglas o que mais agrada os pastores evangélicos.
Ao contrário do que informou a Veja, os pastores não apoiam o nome de André Mendonça, ministro da Justiça e pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília. Além de não ter sido citado na lista tríplice, os líderes preferem William Douglas, por ser juiz de carreira, autor conceituado e ter boa relação com os pastores.
Consultados pelo Gospel Prime, os pastores admitem ter um “pé atrás” com Mendonça, por conta da sua proximidade com o ministro Dias Toffoli, responsável pela abertura do inquérito ilegal e inconstitucional para apurar supostas práticas de fake news e críticas sofridas por ministros da Corte.
Apoio quase unânime
Depois de indicar Nunes Marques para o lugar de Celso de Mello, o presidente prometeu que a segunda vaga seria não apenas de um “terrivelmente evangélico”, como vem repetindo, mas de um pastor, o que William Douglas também é.
“A segunda vaga, com toda certeza, mais que um terrivelmente evangélico, se Deus quiser nós teremos um pastor”, disse Bolsonaro em outubro passado, referindo-se à substituição do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentará em julho deste ano.
O titular da 4ª Vara Federal de Niterói, Rio de Janeiro, agrada aos líderes das principais convenções assembleianas, como a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), Convenção da Assembleia de Deus no Brasil (CADB) e a Convenção Nacional das Assembleias de Deus Ministério de Madureira (CONAMAD).
Líderes como Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), Carlito Paes, da Igreja da Cidade em São José dos Campos, Danilo Figueira, da Comunidade Cristã de Ribeirão Preto, se manifestaram publicamente em favor de William Douglas.
A preferência pelo magistrado se confirmou em uma enquete feita pelo Gospel Prime com dezenas de líderes, com nomes como do bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus em Madureira (RJ), pastor André Câmara, da Assembleia de Deus de São José dos Campos (SP), pastor Israel Belo de Azevedo, da Igreja Batista Itacuruçá (RJ), pastor Marcelo Toschi, da Igreja Amor e Cuidado em Araçatuba (SP), entre outros.
Ao todo, o portal conversou com 37 líderes, enviando 5 nomes que poderiam ocupar a vaga de ministro “terrivelmente evangélico” no Supremo. Os nomes sugeridos foram: William Douglas Resinente dos Santos, magistrado federal; José Eduardo Sabo Paes, membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; Jackson Di Domenico, advogado; André Mendonça, Ministro da Justiça e Segurança Pública; Marcelo Bretas, juiz federal.
Em resposta, 92% escolheram o nome de William Douglas como o melhor para representar os evangélicos no STF. Apenas 2% apontaram André Mendonça e 6% optaram por não apontar sua preferência.
Histórico
Evangélico, autor de best-sellers, considerado um referencial para estudantes em concursos e com um currículo que impressiona, o juiz desenvolve trabalhos sociais e é agraciado com diversos prêmios por sua excelente produtividade no Judiciário.
O juiz já foi agraciado com o Prêmio Melhores Práticas de Gestão Conselho Nacional de Justiça, citado no Planejamento Estratégico do Poder Judiciário/CNJ, bem como foi premiado nas 6ª e 9ª Mostras Nacionais de Qualidade do Poder Judiciário.
Seu currículo inclui um bacharelado em Direito pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduação em Políticas Públicas e Governo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestrado em Direito, pela Universidade Gama Filho, o magistrado também é professor universitário, conferencista, articulista e consultor para grandes veículos de imprensa.
Há mais de 20 anos oferece aulas gratuitas em instituições de acolhimento a pessoas carentes, como a Educafro. Trabalho esse reconhecido pela Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, tendo sido o único branco entre os 7 homenageados.