O petista Luiz Inácio Lula da Silva experimentou a rejeição popular diante dos resultados das eleições municipais de domingo, 6 de outubro. Embora o petista tenha visitado candidatos em 22 cidades, apenas seis deles conseguiram vencer ou avançar para o segundo turno.
De acordo com a Revista Oeste, durante a campanha, que começou em 20 de julho, Lula visitou 22 cidades, coincidindo com os anúncios de investimentos do governo federal, mas sua participação não teve o impacto esperado em grande parte dos municípios.
Entre os poucos sucessos, destaca-se Eduardo Paes (PSD), que foi reeleito no Rio de Janeiro com mais de 60% dos votos válidos. Apesar de receber apoio de Lula, Paes evitou se associar diretamente ao presidente devido a uma possível rejeição por parte do eleitorado.
Em São Paulo, o único palanque em que Lula subiu foi o de Guilherme Boulos (PSOL), que passou para o segundo turno com 29,07% dos votos e enfrentará Ricardo Nunes (MDB), que obteve 29,48%.
A participação limitada de Lula nas campanhas gerou desconforto entre seus aliados, especialmente em São Paulo, onde sua presença foi discreta. A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, minimizou o impacto negativo, atribuindo a baixa participação do presidente a problemas ocorridos durante o ano, como as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas no país.
Gleisi ainda argumentou que o desempenho do PT foi melhor em comparação às eleições de 2020, destacando que o partido está em processo de recuperação e reorganização.