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Mais de 100 igrejas da Flórida entram na Justiça para deixar Igreja Metodista

A Grace United Methodist foi fundada em 1888 como uma igreja Episcopal Metodista.

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Conferência Geral da Igreja Metodista Unida (Foto: Kathleen Barry/Assessoria)

A Conferência da Flórida realizada pela Igreja Metodista Unida, foi processada por mais de 100 igrejas. Elas alegam que querem sair da denominação imediatamente.

De acordo com a CBN News, o principal motivo para essa situação, são as divergências a respeito do clero Metodista Unido que tem realizado casamentos LGBTQ e tem ordenado esses como clérigos na igreja.

Informações contidas no processo, relatam que a liderança não está cumprindo a disciplina de acordo com o livro da igreja, além de não cumprirem também a doutrina cristã e as crenças da denominação a respeito de prédios e propriedades.

A igreja Metodista Unida da Graça, em Lawtey, considerada a principal demandante, processou a conferência por alegar que a liderança ordenou um pagamento de saída como condição para deixar a IMU.

“Conferência Anual (Flórida) assumiu a posição de que tem o direito de manter a Propriedade da Igreja Metodista Unida da Graça – que era de propriedade e paga muito antes de a IMU e a Conferência Anual existirem – a menos que Grace pague um pagamento substancial em dinheiro conforme determinado unilateralmente pelos Réus da Conferência Anual” diz em alegação do processo.

A Grace United Methodist foi fundada em 1888 como uma igreja Episcopal Metodista.

O bispo Kenneth Carter, que lidera a Conferência da Flórida, foi acusado no processo por violar o Livro da Disciplina da denominação. Isso porque, ele não disciplinou um bispo abertamente gay.

Um representante da Igreja Metodista Global, nova igreja que saiu da IMU, disse que essa pode ser a primeira de inúmeras batalhas judiciais contra a IMU.

“A Flórida é a primeira do que eu prevejo que uma série de processos semelhantes ocorram”, disse Keith Boyette, o representante.

“Estamos profundamente entristecidos por isso, pois buscamos ser uma igreja unida em amor e missão”, declarou o bispo Carter que lidera a conferência.

“A conferência anual da Flórida está comprometida em fornecer uma ‘saída graciosa’ para as igrejas que desejam partir, de acordo com nosso processo comum descrito no Livro da Disciplina, e vem tentando envolver essas igrejas nesse processo.”, disse ele.

“Pedimos que, apesar de sua pressa, esses grupos que procuram se separar cumpram as responsabilidades estabelecidas pela Conferência Geral em 2019 e que não causem dor, dano ou menosprezem outras igrejas Metodistas Unidas, outros membros em suas igrejas ou outros pastores, ou a Conferência,” continuou.

“Muito disso é sobre justiça e responsabilidades que as igrejas têm umas com as outras. Por exemplo, uma separação abrupta cria problemas significativos que podem prejudicar os benefícios e pensões para pastores aposentados e seus cônjuges que dedicaram suas vidas ao serviço. Outro exemplo é a distribuição que as igrejas dão para apoiar nossos acampamentos, o Lar Metodista Unido das Crianças, para os ministérios do campus, para projetos de resposta a desastres naturais e para missões no exterior,” concluiu.

Boa parte dos dirigentes da IMU de acordo com o governo dos EUA têm se posicionado a favor das ideias pró-LGBTQ, já os conservadores dos EUA e a maioria dos dirigentes metodistas na África e nas Filipinas se posicionam contrários a essa ideia, sendo defensores da abordagem bíblica tradicional da sexualidade.

Em 2 de junho, a Conferência Anual da IMU realizada na Geórgia, aprovou a desfiliação de 70 igrejas. Essas congregações representam cerca de 9 por cento do total de igrejas e 3 por centro dos membros gerais.

“Abençoe essas congregações enquanto elas partem. Eu oro para que sejamos parceiros no ministério, e você faça seu poderoso trabalho de curar a divisão e superar as divisões,” orou bispo Sue Haupert-Johnson pelas igrejas que estavam saindo.

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