sociedade
Mais de 3 milhões de uigures estão em campos de trabalhos forçados na China
Comissão de Ética e Liberdade Religiosa Batista do Sul defende liberdade uigur.
Uma uigur americana chamado Rushan Abbas, afirmou que o Partido Comunista da China (PCCh) mantém mais de 3 milhões de presidentes de universidades, médicos, empresários e artistas uigures em campos de trabalhos forçados no país asiático.
A China mantém trabalho forçado de muçulmanos iugures em campos de concentração ou “reeducação” na Região Autônoma de Uigur de Xinjiang, denunciou. “O governo chinês tentou dizer que esses são extremistas religiosos ou pessoas que estão envolvidas em atividades religiosas ilegais”, disse Abbas.
Ela é uma residente da Virgínia que defende a liberdade dos uigures em seu país, e denunciou a perseguição durante uma entrevista concedida a organização Portas Abertas.
“Apenas dizer ‘salam alaikum’, que é uma saudação árabe, significa ‘que a paz esteja com você’ – a maneira mais pacífica de dizer olá, basicamente – até mesmo dizer isso pode fazer com que você acabe nos campos de concentração”, disse.
A irmã de Abbas está entre as uigures detidas na China e afirma que “o regime comunista chinês está travando uma guerra contra a religião”.
“Para mim, este é um teste para a consciência do mundo. Isso é sobre humanidade. Qualquer pessoa que ouvir sobre o que está acontecendo com o povo uigur, qualquer pessoa que jurou nunca mais depois da Segunda Guerra Mundial, deve agir com sua consciência e, é claro, orar por minha irmã e por aquele povo uigur”, disse.
No ano de 2017, Abbas fundou um grupo de defesa dos direitos humanos, chamado Campaign for Uyghurs e atualmente trabalha para mobilizar a comunidade internacional em torno da causa. A Comissão de Ética e Liberdade Religiosa Batista do Sul está entre os grupos que defendem a liberdade uigur.
De acordo com o site Baptist Press, a comissão apoiou à Lei de Prevenção do Trabalho Forçado bipartidário uigur, aprovada pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos em agosto de 2020 e encaminhada ao Comitê de Relações Exteriores do Senado em setembro.