sociedade
Marco Aurélio Mello critica reabertura de igrejas e diz para rezar em casa
Frente às polêmicas sobre liberdade religiosa durante a pandemia, um ministro critica a decisão de liberar o culto.
Neste domingo(4), um dos mais antigos membros do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio Mello, criticou a decisão do ministro Kassio Nunes Marques em liberar as missas e cultos presenciais no Brasil.
Para Mello, a decisão de Nunes foi tomada de forma monocrática em meio a pandemia da covid-19, e espera que na próxima quarta-feira(7) ele se sujeite a decisão do Plenário.
“Espero que ele submeta na quarta-feira sua decisão ao Plenário. Isso tem que ser feito urgentemente, já que o ato seria do colegiado, que estará reunido. Urge tranquilizar a população. Urge a segurança da população, da sociedade”, destacou.
Marco Aurélio também ressaltou: “O maior altar que nós temos é o nosso lar. Reze-se em casa”.
“Temos que evitar a todo custo as aglomerações”
O ministro declarou que não tinha motivos para Nunes ter tomado essa decisão sem ouvir os colegas, e criticou dizendo que ele não poderia ter implementado sozinho e precisaria de 6 votos para uma tutela de urgência.
Ele enfatizou na sua entrevista para a Metrópoles sobre os riscos da covid-19 e disse que: “Temos que evitar a todo custo as aglomerações. A ficha do brasileiro ainda não caiu quanto à pandemia, em que pese o número de mortes”.
Outra pessoa que criticou o ministro Nunes Marques foi o colunista Ricardo Kotscho, ele disse em seu artigo que os evangélicos recorreram ao STF para arrecadar dinheiro, pois estão com os cofres vazios por causa da pandemia.