sociedade
Marina Silva ataca Bolsonaro e fala em golpismo e genocídio
Presidenciável foi criticada por seus sumiços de tempos em tempos.
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, continua sendo criticada por falta de posicionamento, e agora afirmou em uma entrevista que é cobrada demais por ser mulher, mas que se posiciona todos os dias.
Depois de participar de três eleições presidenciais no Brasil, 2010, 2014 e 2018, Marina disse à Universa que as críticas são uma tentativa de anular a sua existência e que as pessoas a atacam “por ser mais fácil fazer isso com uma mulher”.
“Não vejo ninguém dizendo o mesmo do Geraldo Alckmin [PSDB], do José Serra [PSDB] e do Gilberto Kassab [PSD]. Eu me posiciono diariamente”, disse Marina, de 63 anos.
Marina Silva vs Jair Bolsonaro
Na campanha de 2018, ela debateu com Jair Bolsonaro sobre as questões do aborto, que a criticou dizendo que ela era uma evangélica defendendo o aborto e a maconha e tinha um filho no mundo das drogas.
Na época deste acontecimento, Marina teria afirmado que não considerava o atual presidente da República um inimigo, porém hoje ela afirma que Jair é “o pior dos piores de toda a história do Brasil”, além de considerar o seu governo “autoritário e genocida”.
“Ele se revela o pior dos piores de toda a história do Brasil para economia, para saúde pública, educação, meio ambiente, tudo. O país está no caos. Em política, não se trata alguém como inimigo”, afirmou Silva.
Sobre a pandemia da covid-19
Na entrevista, Marina revelou que os tempos de pandemia estão lhe trazendo memórias difíceis, pois remete ao tempo em que perdeu duas irmãs e um tio e um primo em uma epidemia de sarampo e malária no final dos anos 60.
Mas não foi só isso que ela perdeu, nascida em um seringal no Acre, Marina também perdeu a mãe de 36 anos, e não pôde nem se despedir por estar com suspeita de meningite.
“Hoje as pessoas ficam doentes e a família também não pode vê-las. São realidades parecidas”, afirmou ela.
Maria Silva, também teria criticado o governo quanto a demora de ter tomado medidas drásticas em relação à pandemia, dizendo que o Congresso agiu tardiamente, segundo a UOL.