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Mel Gibson diz que ‘verdadeira fé’ não está na Igreja Católica
O ator e diretor Mel Gibson criticou duramente o Vaticano e o Papa Francisco em entrevista concedida ao podcast The Joe Rogan Experience, transmitido no YouTube, nos Estados Unidos. Durante a conversa, Gibson afirmou que a Igreja Católica atual se tornou uma “estrutura falsa”, distante dos ensinamentos de Cristo.
Segundo o diretor de A Paixão de Cristo, o papa Francisco foi “cercado por abusadores” e protegia “estupradores de crianças”, a quem ele chamou de “predadores”. Gibson declarou que, na sua visão, a Igreja deixou de ser um espaço sagrado para funcionar como um “centro de poder”, caracterizando o cenário como um desvio da fé cristã.
O ator também criticou a introdução da imagem da “pachamama”, divindade andina apresentada no Vaticano durante o Sínodo para a Amazônia em 2019. Para Gibson, o gesto simbolizou uma “apostasia”, ou abandono da fé cristã, indicando, segundo ele, que “a verdadeira Igreja desapareceu”.
Em sua declaração, Gibson afirmou que a fé autêntica “não está mais na instituição”, mas nas pessoas que perseveram na crença em Cristo, em linha com o que o apóstolo Paulo escreveu: “Vós sois o templo de Deus e o Espírito de Deus habita em vós” (1 Coríntios 3:16).
O diretor também comparou o Vaticano à indústria de Hollywood, alegando que ambos os ambientes seriam marcados por casos de pedofilia. Em outra ocasião, três anos antes, Gibson já havia expressado críticas semelhantes, defendendo que a Igreja deveria retornar “ao básico”, numa referência a uma suposta inclinação ao liberalismo teológico durante o pontificado do Papa Francisco.
Em entrevista anterior, Gibson ponderou que sua crítica “não é voltada para a instituição em si, mas para aqueles que a administram”. Ele acrescentou na ocasião: “Claro, é lamentável todas as coisas que aconteceram. Como qualquer instituição, é capaz de ser corrupta”, afirmou. “Eu acho que é um monte de gente que entra nela. As instituições são tão boas ou tão ruins quanto as pessoas que as administram”, concluiu.
O posicionamento de Mel Gibson reflete a visão de parte dos católicos mais conservadores, que interpretam o pontificado do falecido papa Francisco como progressista. Este entendimento tem gerado críticas no meio católico ortodoxo, conforme apontado por veículos de mídia ligados a essa vertente.