vida cristã
Mendonça rebate fala de Gilmar sobre “narcomilícia evangélica”
O ministro questionou a veracidade das declarações atribuídas a Gilmar Mendes.
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu às declarações do ministro Gilmar Mendes, seu colega de Corte, que mencionou a existência de uma suposta “narcomilícia evangélica” no Rio de Janeiro, durante uma entrevista para o programa Estúdio i, da GloboNews.
Mendonça, além de jurista e integrante do STF, é também pastor da Igreja Presbiteriana, e relatou ter contatado Gilmar para esclarecer melhor sua declaração.
“Conversei com o Ministro Gilmar Mendes sobre o ocorrido. Na ocasião, sua Excelência reafirmou-me (i) seu respeito à comunidade evangélica, (ii) que de sua parte não houve qualquer intenção em constranger seus membros e (iii) que estaria à disposição da liderança da Igreja para conversar e esclarecer o assunto”, informou o pastor.
Em seguida, Mendonça defendeu a comunidade evangélica, rebatendo insinuações que associam o segmento ao crime organizado. Ele enfatizou que Gilmar Mendes não fez qualquer distinção entre criminosos que eventualmente se passam por membros de alguma igreja.
Nota Pública. Assunto: notícia sobre suposta "narcomilícia evangélica". pic.twitter.com/mriI9diBqg
— André Mendonça (@MinAMendonca) March 13, 2024
“Posso afirmar, com muita segurança, que se há uma rede evangélica nesse país, ela é composta por mais de 1/3 da população, a qual se dedica sistematicamente a prevenir a entrada ou retirar pessoas do mundo do crime, em especial, aqueles relacionados ao tráfico e uso de drogas, que tanto sofrimento causam às famílias brasileiras”, afirmou Mendonça.
O ministro questionou a veracidade das declarações atribuídas a Gilmar Mendes, sugerindo que, se tal afirmação sobre a “narcomilícia evangélica” realmente ocorreu, ela reflete discriminação e preconceito por parte do autor. Ele também exigiu responsabilidade por parte de quem tem conhecimento da suposta denúncia, destacando que os responsáveis por eventuais crimes devem ser responsabilizados.
“Espera-se, assim, que eventuais condutas ilícitas dessa natureza sejam objeto de responsabilização, independente da religião professada de forma hipócrita, falsa e oportunista por quem quer que seja”, concluiu Mendonça.