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MST retoma invasões e fala em fim da “trégua”, perto de eleições

Pesquisa mostra que o número de ocupações caiu desde o primeiro ano do governo Bolsonaro.

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Bandeira do MST. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Desde o início do governo Bolsonaro, as ocupações de terras no Brasil haviam caído. Agora o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) avisou que “depois de um longo período de quarentena produtiva contra a fome e trabalho de base frente à pandemia” as ocupações retomaram.

No último dia 23, a agricultora Levânia Silva Cardoso, de 38 anos, se despediu do marido e do casal de filhos pequenos, e com um facão na mão e um boné vermelho se juntou ao grupo de 46 pessoas que ocuparam a fazenda Santa Cruz do Kurata, em Mirante do Paranapanema,

“Essa é a minha 10ª ocupação e, como sempre, o objetivo é ter o nosso pedaço de terra”, disse Cardoso na quinta-feira (28) ao Estadão. Já é a 11ª invasão que a família de descendentes de imigrantes japoneses sofre na fazenda.

Ocupação durante a pandemia

No primeiro ano do governo Bolsonaro, ainda sem pandemia – 2019 – os dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostraram que o número de ocupações despencou, de 143 em 2018 para 43 em 2019, parte da campanha do presidente para receber os invasores à bala. Em 2020, com a pandemia foram apenas 29 ocupações.

Agora o MST promete ocupar novos estados alegando que o avanço da vacinação contra a Covid-19 já permite às suas bases lutar pela terra.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), as invasões do MST geram conflitos, promovem a insegurança no campo e colocam famílias em risco ampliando a vulnerabilidade social.

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