igreja perseguida

Nicarágua liberta 13 líderes cristãos presos após realizarem cruzada evangelística

Acordo para libertar líderes foi mediado pelos Estados Unidos.

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Líderes cristãos presos na Nicarágua (Foto: Reprodução/ADF International)

Após um acordo, 13 líderes cristãos do ministério Mountain Gateway, que haviam sido presos na Nicarágua sob acusações falsas de lavagem de dinheiro, foram libertados na quinta-feira (5). Essas acusações, que levaram a condenações de 12 a 15 anos de prisão e multas exorbitantes, surgiram após o grupo realizar grandes cruzadas evangelísticas no país, o que teria incomodado o governo autoritário do presidente Daniel Ortega.

Entre os presos estava Marisela Mejía, que foi detida logo após dar à luz. Ela e seu marido, o pastor Walner O. Blandón, foram condenados a 15 anos de prisão e multados em 80 milhões de dólares cada. O casal, junto com outros prisioneiros libertos, será levado para a Guatemala, onde serão processados como refugiados e poderão buscar reconstruir suas vidas, com a possibilidade de buscar refúgio nos EUA ou em outro país.

O caso reflete a crescente repressão do governo Ortega, que, nos últimos anos, fechou centenas de igrejas e deteve líderes religiosos e estudantes, temendo que esses movimentos religiosos pudessem se tornar uma ameaça política. A Mountain Gateway, uma organização cristã sediada nos EUA, realizava suas campanhas evangelísticas em coordenação com o governo nicaraguense, atraindo multidões, o que levou o regime a vê-los como um movimento social em potencial, apesar de sua natureza estritamente religiosa.

Jon Britton Hancock, presidente da Mountain Gateway, celebrou a libertação dos missionários e enfatizou que o ministério não tem envolvimento político, sendo sua única missão pregar o evangelho e cuidar do bem-estar das pessoas.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, condenou a prisão arbitrária de cidadãos que exercem suas liberdades fundamentais e exigiu o fim dessas práticas na Nicarágua.

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