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No comando do G20, governo Lula quer propor regulação global das redes sociais
A Organização das Nações Unidas (ONU) enxerga a situação atual da internet como uma “ameaça”.
O Brasil assumiu a liderança da Cúpula do G20, composta pelos países mais ricos do mundo, em 1º de janeiro. Neste contexto, o governo brasileiro planeja propor uma “regulação” global das redes sociais. A Organização das Nações Unidas (ONU) enxerga a situação atual da internet como uma “ameaça” à integridade da informação, capaz de desestabilizar sociedades, o que pode facilitar a aprovação da proposta brasileira.
João Brant, secretário de Políticas Digitais do governo Lula, argumentou que a desinformação e o “discurso de ódio” impactam a confiança na economia digital, sendo essa uma preocupação compartilhada pelos países do G20. Ele ressaltou a importância da “regulação” para evitar a desestabilização política e econômica, radicalização, extremismo e atos violentos.
O governo brasileiro está conduzindo conversas bilaterais com os membros do G20 para compreender as diferentes perspectivas sobre o assunto. Alguns países, como os Estados Unidos e a China, manifestaram resistência à medida. Lula tem reiterado sua intenção de “regular” as redes sociais, explorando duas abordagens: aprovar leis no Brasil e pautar o tema no G20.
Com a presidência do G20, o Brasil busca persuadir os demais membros sobre a necessidade de “regulação” das redes sociais, alegando que a situação atual pode levar ao extremismo violento e à desestabilização política e econômica. O governo argumenta que as grandes empresas de tecnologia controlam a internet, representando uma ameaça às soberanias nacionais.
Durante a cúpula, o Brasil almeja criar uma consciência sobre a suposta necessidade de coletar evidências sobre o impacto da “desinformação”. A proposta é criar um modelo semelhante ao Painel de Mudanças Climáticas da ONU, reunindo cientistas para analisar dados científicos. O governo Lula também procura o apoio de instituições, como a Unesco, favoráveis à “regulação” da internet. O encontro internacional está previsto para ocorrer em abril, em São Paulo, oferecendo a Lula a oportunidade de discutir a proposta com outros líderes mundiais.