igreja perseguida
No Irã, mais de 100 cristãos foram presos porque preparavam o Natal
Essa época chama a atenção das autoridades muçulmanas por conta das comemorações pelo nascimento de Jesus
A pressão sobre a igreja no Irã continua crescendo. Semana passada, mais de 100 cristãos foram presos enquanto faziam preparativos para a chegada das festas natalinas. Na ocasião, tiveram seus celulares confiscados.
A maioria recebeu permissão para voltar para casa depois de algumas horas. Antes disso, porém, os detidos receberam a informação de que seriam contatados pelo serviço de inteligência do governo iraniano. De acordo com o Christian Today, os suspeitos de serem os líderes de grupos cristãos continuam presos.
Entre os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos, o Irã ocupa o 10º lugar da lista. Quando se aproxima o Natal, ocasião em que se comemora o nascimento de Jesus, os cristãos iranianos têm sua própria maneira de celebrar a data e isso chama a atenção dos governantes.
Durante os primeiros 25 dias do mês de dezembro, realiza-se um grande jejum “com o objetivo de purificar a mente, corpo e alma para receber a Cristo”. Além disso, a comunidade cristã participa de cultos e realizam festas e jantares.
Igreja continua crescendo no Irã
O aumento do número de convertidos ao cristianismo tem alarmado as autoridades do país. Por conta disso, as restrições aos cristãos também crescem. De acordo com a chefe de defesa da Portas Abertas do Reino Unido, Zoe Smith, longas sentenças de prisão foram dadas a cristãos que se recusaram a deixar o Irã após suas prisões anteriores.
“Esse aumento nas prisões é altamente preocupante. Tem sido uma tendência estabelecida pelo governo iraniano”, disse. As restrições são ainda piores para as igrejas que são assistidas por cristãos que antes seguiam o islamismo. Além disso, o governo está pedindo quantias exageradamente altas de fiança.
Muitas igrejas domésticas também foram invadidas. Diante desse cenário, há cristãos fugindo para outros países. Muitos dos que permanecem no Irã passam a praticar sua fé isoladamente. Por outro lado, há cristãos desaparecendo de suas comunidades após sair da prisão.