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Movimento denuncia abusos sexuais cometidos por pastores e oferece ajuda às vítimas
“Nossas histórias curam” faz campanha de arrecadação para montar bases de auxílio.
Um movimento com mais de 80 voluntários pretende fazer um “enfrentamento aos abusos sexuais cometidos por pastores” e promover uma plataforma de cuidado psicológico, terapêutico e financeiro às vítimas.
“Nossas histórias curam” propõe ser um mediador entre a vítima e a denúncia. “Crianças e mulheres sofrem sob o silêncio da religiosidade evangélica que cria a narrativa que o abuso cometido precisa ser perdoado pela vítima, pois se trata apenas de um ‘erro’ ou ‘pecado’ do pastor abusador”, diz o projeto.
Anderson Silva, líder do projeto, explica que “nem todo pecado é um crime, mas todo crime sexual não pode ser tratado de maneira terapêutica e de maneira espiritual pecaminosa por meio da igreja”.
O pastor acredita ser “necessário um enfrentamento, uma denúncia, porque há um grande volume de vítimas. Existem pessoas sangrando e nós, pelo chamado do Senhor, decidimos puxar esse carro-chefe e contamos com tua cooperação para isso”.
Silva salienta, contudo, que o projeto “não é uma luta contra a igreja, é uma luta em favor das vítimas e em favor da igreja”.
Ele afirma que a igreja não perderá sua “credibilidade social”, mas, ao contrário, ela “eleva sua credibilidade social porque se torna um ambiente… de luta pela justiça… pela verdade”.
Sobre as críticas recorrentes e citações de “escândalo”, o pastor diz que “o escândalo não é de quem é vitimado, o escândalo é de quem produziu o pecado”.
“O próprio Senhor Jesus Cristo disse que se alguém ousasse escandalizar, desviar um dos seus pequeninos do seu caminho, seria melhor amarrar uma pedra de moinho no pescoço e pular no mar”, cita.
O ministério deseja abrir 20 escritórios em várias regiões do Brasil onde oferecerá atendimento psicológico às vítimas e encaminhamento de denúncias com auxílio de advogados voluntários.
Uma campanha na plataforma Benfeitoria, pretende arrecadar R$ 70 mil para “ampliar estruturas físicas e logísticas de atendimento presencial e online nas bases de Brasília e Goiânia, além de montar bases inicialmente menores por várias regiões do país”.
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