vida cristã
Organização de igrejas evangélicas na Alemanha rejeita bênção para união gay
Presidente da Federação das Igrejas Evangélicas Livres afirma que igrejas que defendem homossexualismo não serão convidadas a se unir à federação.
Falando na assembleia geral da União de Igrejas Evangélicas Livres (FeG), o líder da maior Federação de Igrejas Evangélica Livres na Alemanha, presidente Ansgar Hörsting, afirmou que em um mundo “complexo e cheio de confusão”, os cristãos evangélicos precisam “buscar a unidade”.
Desse modo, a posição da FeG em relação à homossexualidade e a questões LGBT foi o tópico mais comentado no programa da reunião, realizada em Ewersbach. Hörsting disse aos cerca de 400 representantes das 500 congregações locais que “o relacionamento com Deus em Jesus é um alicerce sólido, e o Espírito Santo trabalha e dá orientação e apoio às pessoas” em momentos como esses.
De acordo com Evangelical Focus, a diretoria nacional da denominação apresentou recomendações para igrejas, nas quais é afirmado que a FeG “respeita a Bíblia como Palavra de Deus”. A federação também enfatizou que “a graça de Deus em Jesus Cristo é para todo ser humano, independentemente de características pessoais como origem, gênero, orientação sexual ou status social”.
Além disso, a liderança da FeG deixou claro que “uniões homossexuais não encontram aprovação sob uma perspectiva bíblica”. Embora todos sejam bem-vindos a participar das atividades da igreja, as igrejas livres são orientadas a não celebrar casamentos ou bênçãos de casais do mesmo sexo. Também não é recomendado nomear líderes e pastores que estão em relacionamentos do mesmo sexo.
Durante a assembleia, a maioria dos representantes expressou sua satisfação com o processo de diálogo que ocorreu em 5 regiões antes da assembleia, mas alguns críticos alertaram sobre uma possível divisão futura na denominação se as posições das igrejas teologicamente mais liberais da confederação não fossem incluídas.
Nesse sentido, a diretoria disse que decidiu não obrigar todas as igrejas a seguir a posição oficial, uma vez que algumas congregações ainda estão em um processo de diálogo interno. Outra prioridade era evitar a polarização o máximo possível.
Em uma resposta, o presidente apontou que a FeG já expressou suas opiniões sobre questões LGBT e fé em 2019, mas as igrejas que adotam uma abordagem diferente em relação a essas questões não serão automaticamente expulsas. Por outro lado, igrejas locais que já abençoam uniões homossexuais ou aprovam tal estilo de vida em cargos de liderança não serão convidadas a se juntar à federação.