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Teólogo explica a origem do Natal e detalha os mitos do paganismo

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O pastor e teólogo Victor Fontana publicou recentemente um vídeo em seu canal abordando as origens do Natal, desmistificando sua fama de “festa pagã” e explicando o significado dessa celebração.

Segundo ele, a proposta do material é “esclarecer como essa ideia não tem fundamento histórico e mostrar que o Natal é, de fato, uma celebração originalmente cristã”.

Fontana, que também é pastor da Comunidade da Vila, apontou que muitos cristãos evitam comemorar o Natal por acreditarem que a data está ligada à idolatria pagã.

“Muitas pessoas dizem: ‘Eu sou um verdadeiro discípulo de Jesus e não comemoro o Natal porque ele foi influenciado pela idolatria pagã no cristianismo’, sem no entanto saber de todo o contexto”, afirmou.

A origem na História

O pastor reconheceu que o Novo Testamento não ordena a celebração do nascimento de Jesus, mas enfatizou que isso não invalida a tradição: “Nos primeiros séculos, o foco estava na Paixão, Ressurreição e Milagres de Jesus, amplamente documentados”, explicou. Ele acrescentou que há registros de celebrações natalinas já no século IV, coincidindo com a escolha do dia 25 de dezembro, uma data associada à festividade pagã do Sol Invictus, instituída pelo imperador Aureliano em 274 d.C.

Natal x Sol Invictus

Fontana contestou a hipótese de que o Natal seria uma adaptação da festa pagã, citando a ausência de fontes históricas confiáveis que confirmem essa conexão. “Fontes documentando o Natal no dia 25 de dezembro surgem antes de 274 d.C., como os registros de Hipólito, no início do século III”, destacou.

Ele também apontou que os cristãos dos primeiros séculos resistiam fortemente ao paganismo. “Textos dos séculos II ao V mostram cristãos rejeitando práticas pagãs e aniversários de imperadores, o que tornaria improvável uma aceitação tranquila de uma data de origem pagã”.

25/12?

Fontana explicou que a escolha do dia 25 de dezembro não foi arbitrária. “Tradições cristãs antigas associam o dia 25 de março à concepção de Jesus, data próxima à Páscoa, considerada teologicamente central. Assim, 9 meses depois, celebra-se o nascimento de Cristo”, argumentou. Ele também mencionou que igrejas orientais seguem uma lógica semelhante, celebrando o Natal em 6 de janeiro, associado à concepção em 6 de abril.

Contexto Moderno

O pastor ressaltou que os elementos modernos do Natal, como o Papai Noel e o consumismo, têm origens culturais europeias e influências do mundo anglo-saxão. “Se há influência cultural no Natal, ela vem do mundo anglo-saxão, não do paganismo”, explicou. Ele destacou práticas vitorianas e o papel do marketing moderno na popularização da figura do Papai Noel, especialmente através da Coca-Cola.

Victor Fontana concluiu afirmando que a ideia de que o Natal é pagão é um mito popularizado entre os séculos XVI e XIX. Para ele, deixar de celebrar o Natal é sucumbir a interpretações equivocadas: “Celebrar o Natal é relembrar o nascimento de Jesus e sua luz no mundo. Que tal deixar de lado debates desgastados e aproveitar a data para refletir sobre o verdadeiro significado do Natal?”, convidou o pastor.

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