igreja perseguida

Padres e freiras são presos no Afeganistão pelo Talibã

O padre descreveu o caos das ruas do Afeganistão como “aterrorizante”.

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Talibã no Afeganistão (Foto: Zabi Karimi/AP)

Dois padres jesuítas e quatro freiras foram presos no Afeganistão. Um deles é o padre indiano Jerome Sequeira, que comandava a divisão do Serviço Jesuíta para Refugiados no Afeganistão até a tomada do Talibã.

Agora, o Serviço Jesuíta para Refugiados suspendeu todas as suas operações no país e não sabe se um dia voltará a atuar. Eles avaliam que a perseguição deverá aumentar no país, impossibilitando as atividades enquanto o Talibã estiver no poder.

Sequeira contou que tentou ir ao aeroporto de Cabul para pegar um voo de volta à Índia, porém quando chegou lá descobriu que o Talibã estava atirando para o alto para controlar a multidão e os funcionários do aeroporto abandonaram o local, segundo o Vaticano News.

O padre descreveu o caos na rua como “aterrorizante” e que nunca presenciou algo do tipo em seus 15 anos no país, lamentando a situação caótica com que o Afeganistão está.

“Obrigado pelas vossas orações contínuas pela nossa segurança. A forma como a situação no país está a mudar, é imaginação de todos … segurança não faz sentido aqui. É uma situação caótica”, disse Sequeira enviando uma mensagem para seus amigos e colegas.

Outros civis presos

As freiras presas são da organização Missionárias da Caridade, fundada por Madre Teresa. O paradeiro delas é desconhecido.

Já o padre Robert Rodrigues, também da Índia, está preso em Bemiyan, no centro do Afeganistão. Sequeira disse que está vendo com a Organização das Nações Unidas (ONU) para trazer Rodrigues para Cabul.

E também expressou preocupação com a situação dos afegãos: “Eles [o Talibã] não estão prejudicando os civis no momento, mas isso acontecerá assim que eles tiverem capturado totalmente todos os sistemas do país”, disse o padre Sequeira.

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