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Parlamento europeu cobra “libertação imediata” de pastor preso em Cuba

Dita Charanzová afirma que União Europeia não está tomando medidas diante violações dos direitos humanos.

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Parlamento Europeu (Foto: Reprodução/Parlamento Europeu)

Como resposta à repreensão de Cuba contra alguns de seus cidadãos, em 16 de dezembro, o Parlamento Europeu formulou uma resolução urgente para denunciar os abusos sistemáticos em curso contra manifestantes, dissidentes políticos, líderes religiosos, ativistas de direitos humanos e artistas independentes, entre outros.

“José Daniel Ferrer, Lady in White Aymara Nieto, Maykel Castillo, Luis Robles, Félix Navarro, Luis Manuel Otero, Reverendo Lorenzo Rosales Fajardo, Andy Dunier García e Yunior García Aguilera, todos presos pelo regime cubano. O Parlamento Europeu exige sua libertação imediata e incondicional”, menciona o documento.

A resolução foi aprovada com 393 votos a favor, 150 contra e 119 abstenções. O pastor Lorenzo Rosales Fajardo, da Igreja Independente Monte de Sião, em Palma Soriano (Cuba), foi detido pelas forças de segurança em 11 de julho de 2021, quando se juntou aos protestos pacíficos que eclodiram em toda a ilha.

Fajardo está preso desde então, e o governo cubano tenta impor uma sentença de 10 anos de prisão. Sua família foi informada de que o julgamento do pastor acontecerá em 21, 22 ou 23 de dezembro. Os outros dois pastores detidos, Yeremi Blanco e Yairán Sierra, foram libertados pelo regime após 15 dias e multados.

As relações entre a União Europeia e Cuba ocorrem no quadro do Acordo de Diálogo Político e Cooperação (PDCA) assinado em 2016, que, segundo o parlamento da UE estabelece condições claras ligadas à melhoria dos direitos humanos e da democracia em Cuba.

O PDCA pode ser suspenso se Cuba violar as disposições de direitos humanos. Na resolução, o Parlamento Europeu pediu à União Europeia que desencadeasse esse processo, o que, se promulgado, poderia levar à suspensão indefinida do seu Acordo com Cuba.

“A UE ainda não está tomando medidas concretas diante das violações dos direitos humanos em Cuba”, disse a vice-presidente do Parlamento Europeu Dita Charanzová ao convocar uma reunião de urgência, segundo Evangelical Focus.

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