igreja perseguida
Partido Comunista chinês assumirá posto de liderança na diretoria das igrejas
Regime comunista impôs criação de “comitê de gestão democrático”.
O Partido Comunista da China impôs a participação de seus membros na diretoria de entidades religiosas, incluindo igrejas cristãs. A Carta de Pessoas Jurídicas em Locais de Atividades Religiosas foi aprovada em janeiro do ano passado e passou a ser aplicada este ano, através da nomeação de comitês administrativos em locais de culto.
A medida é supervisionada pela Administração Estatal de Assuntos Religiosos e o Ministério de Assuntos Civis, que tem buscado interferir na gestão dos locais de cultos de diversas religiões.
Na ordem imposta pelo regime ditatorial, todas as religiões devem formar um “comitê de gestão democrático” com membros do clero, representantes da sociedade e autoridades locais.
Assim, o Partido Comunista torna possível a participação e a interferência de seus membros em locais de culto, além de estabelecer normas sobre a eleição e destituição dos integrantes do comitê, que terão poderes para gerir diversos aspectos das instituições religiosas.
Entre as orientações para a formação do comitê, segundo o ministério Bitter Winter, está a necessidade de os membros apoiarem incondicionalmente o partido e não se oporem aos ideais comunistas impostos pelo regime de Xi Jinping.
Qualquer insatisfação com o regime pode resultar em punições, como o afastamento das atividades religiosas.
Uma eleição para a diretoria de uma igreja em Linfen, uma cidade na província de Shanxi, resultou em fraude e manipulação dos resultados, já que quatro diáconos que apresentaram queixa contra os membros do Partido Comunista foram ignorados e afastados, sendo que um deles foi proibido de pregar por se recusar a cantar o hino chinês.