igreja perseguida

Pastor é enviado a campo de trabalho na Rússia por contato com igrejas

Líder evangélico foi condenado a um ano de trabalhos forçados.

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Pastor Nikolai Bogoslavsky (Foto: Reprodução/Bitter Winter)

Um pastor da Igreja Cristo Salvador, em Anapa, Rússia, foi condenado a um ano de trabalhos forçados após ser acusado de participar de uma conferência organizada pela igreja New Generation, que foi rotulada como “indesejável” no país.

A acusação foi feita de acordo com o Artigo 20.33 do Código Administrativo da Federação Russa, que proíbe a participação em atividades de organizações não governamentais estrangeiras ou internacionais consideradas indesejáveis no país.

O pastor Nikolai Bogoslavsky foi multado em fevereiro deste ano e sua igreja, Christ the Savior Church, foi processada pelo uso de redes sociais e obrigada a deletar sua conta. Além da prisão, Nikolai foi submetido a condições severas. A Igreja Cristo Salvador foi condenada pelo promotor do caso por seu uso de redes sociais e obrigada a deletar a conta.

O pastor foi acusado de acordo com o Artigo 284.1 do Código Penal Russo, que pune com prisão ou trabalhos forçados a organização, participação, promoção ou exibição de símbolos de organizações indesejáveis nas redes sociais. O Tribunal da Cidade de Anapa emitiu um artigo sobre organizações que não foram rotuladas como “extremistas”, mas como “indesejáveis”, referindo-se a igrejas cristãs.

De acordo com Bitter Winter, os campos de trabalhos forçados aos quais Nikolai foi condenado são similares aos GULAGs da era Stalin, onde presos políticos eram submetidos a violência, tortura e abusos de todos os tipos, além de trabalharem em regime sub-humano.

O promotor afirmou que Nikolai não havia interrompido seus contatos com a New Generation, alegando que imagens e símbolos religiosos continuaram a aparecer em suas redes sociais, assim como conteúdos de outras igrejas estrangeiras. É importante lembrar que a liberdade religiosa é garantida pela Constituição Russa, mas que a interpretação e aplicação das leis nesse sentido têm sido alvo de críticas por organizações internacionais de direitos humanos.

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