igreja perseguida

Pastor enfrenta prisão e multas por declarações online sobre o Covid-19

Tribunal Distrital de Dolpa, Nepal, declara pastor culpado de proselitismo, o condenando a dois anos de prisão.

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Prisão (Foto Ichigo121212/Pixabay)

Em 30 de novembro o pastor da Igreja Abundant Harvest, no Nepal, Keshav Archarya, foi condenado a dois anos de prisão devido a um vídeo do YouTube onde ele repreende o corona vírus, e multado por violar a lei anti-conversão do Nepal.

“Ei, corona, vá e morra. Que todos os seus atos sejam destruídos pelo poder do Senhor Jesus. Eu o repreendo, Corona, em nome do Senhor Jesus Cristo. Pelo poder ou pelo governante desta Criação, eu te reprendo”, disse Acharya no vídeo em questão.

Durante sua prisão, Archarya disse que não postou o vídeo. Um mês depois, após pagar fiança, ele foi solto da prisão, porém, foi preso novamente, sem mandado. A segunda prisão de Acharya foi justificada por violação da lei anticonversão e por distribuir folhetos cristãos na região de Dolpa.

De acordo com Christianity Daily, em 22 de novembro, após considerá-lo culpado de proselitismo, o tribunal distrital de Dolpa então condenou Acharya a dois anos de prisão.

O artigo 26 (3) da Constituição do Nepal pune legalmente qualquer pessoa que “se comporte, aja ou faça com que outros ajam de forma que perturbe a situação da lei pública e da ordem ou converta uma pessoa de uma religião para outra ou perturbe a religião de outras pessoas”.

Segundo William Stark, Gerente Regional internacional de preocupação cristã para o sul da Ásia, as autoridades locais são conhecidas por atacar cristãos e suas comunidades desde que a Constituição do Nepal foi alterada em 2015.

Ele alega que as autoridades do distrito de Dolpa parecem empenhadas em condenar o pastor Acharya de algo e puni-lo por simplesmente ser um pastor cristão.

“Hoje, os cristãos nepaleses voltaram a ver seus medos acontecendo. A lei anti-conversão do Nepal deve ser revogada se a liberdade religiosa é realmente um direito de ser desfrutada pelos cidadãos do país”, concluiu Stark.

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