vida cristã
Pastor aponta cinco sinais e ensina a lidar com a insegurança
Layne Schranz ministrou na Inspire Brasil Online.
Pastor na Church of the Highlands desde maio de 2001, Layne Schranz foi o terceiro palestrante da Conferência Inspire Brasil Online, realizada pela Rede Inspire, da Igreja da Cidade em São José dos Campos.
Diretamente de Birmingham, Alabama (EUA), o pastor falou sobre insegurança e os gatilhos que fazem com que as pessoas se sintam inseguras e frustradas, apontando desde rejeição, abusos ou coisas que geram problemas emocionais.
“Estamos acostumados com as coisas previsíveis, estáveis, e neste momento elas não estão”, disse. “Nada é previsível, nós nem podemos ter cultos juntos como sempre tivemos, nem nossa saúde é previsível”, continuou.
Layne Schranz falou sobre cinco sinais ou cinco sintomas de insegurança na vida das pessoas, afirmando que todas as pessoas lidam com esses sinais de insegurança.
“Creio que cada um de nós lida com isso”, disse.
1. Comparação
O pastor norte-americano apontou que a comparação é um dos sinais ou sintomas de insegurança e disse que todos temos a tendência de olhar uns para os outros, olhar o que as outras pessoas têm e fazer comparações e as redes sociais forçam ainda mais esse comportamento.
“A comparação tem criado mais insegurança”, ensina. “Vemos fotos de ‘famílias perfeitas’, vemos os ótimos casamentos que são mostrados nas mídias sociais e desejamos ter aquilo”, continuou.
Layne diz que constantemente “nós olhamos para fora e nos comparamos” e desejamos ter o que as outras pessoas demonstram ter. “Queremos os amigos deles, queremos a vida deles”, aponta. Ele diz que existe uma solução para a comparação.
Em sua visão, a comparação pode ser superada quando focamos em Jesus Cristo, pois você deixa de se comparar com outros e querendo ter o que eles têm, mas a comparação passa a ser com o Mestre, onde deve estar o foco do cristão.
“Não estamos nos comparando com outros pastores, com outros líderes, com outras igrejas, querendo ter o que eles têm, mas estamos nos comparando com Jesus”, enfatiza. “É nEle que nosso foco deve estar para experimentarmos uma segurança verdadeira”, ensinou.
2. Crítica
O pastor afirma que o segundo sinal de insegurança é a crítica e que isso é algo “grande e tão fácil” de se cair, pois podemos ser levados a puxar os outros para baixo nas redes sociais, nas igrejas, nas atividades diárias.
“Nós podemos puxar os outros para baixo para nos sentirmos melhor sobre nós mesmos”, lembrou. “Agora, tem uma diferença entre o pensamento crítico e o espírito crítico, porque precisamos de pensamentos críticos”, lembra.
Layne Schranz ensina que os líderes precisam pegar algo e os melhorar, precisam ver um problema e resolver e que isso é ter um pensamento crítico, analítico, buscando soluções, o que é diferente de ter um espírito crítico sobre as coisas.
“Eu penso que um espírito crítico é quando nós julgamos os outros, quando tentamos puxar os outros para baixo. Como Jesus disse: ‘temos de remover a trave do nosso próprio olho antes de se preocupar com cisco no olho do outro'”, explicou.
Para superar o “espírito crítico ou um espírito julgador”, o pastor ensina que é preciso aprender a valorizar os outros, ao invés de fazer julgamentos e tirar suas próprias conclusões, o líder evangélico diz que é melhor valorizá-los.
“Eu me pego fazendo isso o tempo todo, eu facilmente vejo o negativo ao invés do positivo, eu facilmente julgo as pessoas pelos seus erros e, ao mesmo tempo, espero que elas não me julguem pelos meus erros”, comentou.
Ele concluiu esse ponto transmitindo um ensinamento que aprendeu com seu pai, que lhe disse: “Layne, se você não enxergar o que é bom nos outros, você não terá sucesso na vida”.
3. Compensação
Para Layne, o terceiro ponto que traz insegurança é a compensação, destacando a forma como algumas pessoas tentam “super-compensar” agindo de maneira incoerente, fingindo que as coisas estão de uma forma para não demonstrar suas próprias fraquezas.
“Queremos que as pessoas pensem que nós temos tudo em equilíbrio”, enfatizou. “Nós pensamos que as pessoas precisam ver em nós uma ‘boa luz’, nós temos que tomar muito, muito cuidado com isso”, diz.
A maneira correta de superar a compensação, segundo o ensinamento, é ter um apego maior à humildade, ao invés de lutar por aprovação. “Nós não precisamos ‘super-compensar’ para obter aceitação”, disse.
“Não precisamos usar uma fachada para termos segurança, porque isso não traz segurança. Precisamos nos tornar humildes, foi isso que Jesus nos guiou a fazer. Ele não veio para ser servido, Ele veio para servir”, lembrou.
4. Competição
Entre os sinais de insegurança apontados pelo pastor, também está a competição, que segundo ele passa muitas vezes despercebida. Layne Schranz lembrou que o pensamento de muitas pessoas é de que “tenho que ser melhor que você para que eu me sinta melhor”.
Quando isso acontece, significa que há um sinal de insegurança, onde uma “bandeira vermelha” é levantada para mostrar que algo está errado, apesar de muitas pessoas terem sido criadas com um estímulo para serem competitivos.
A diferença é que existe uma competição que é influenciada pelo orgulho, ao invés de servir como incentivo para o crescimento e melhoria em diversas áreas da vida. “Nós vamos superar a competição ajudando os outros a serem bem-sucedidos”, ensina.
5. Condenação
No último ponto abordado pelo pastor, que causa insegurança na vida das pessoas, está a condenação. Ele destacou que este é um ponto difícil de se tratar e que atinge a todos, já que todos têm conhecimento sobre suas próprias falhas.
“Esse é difícil, todos nós nos conhecemos, todos nós sabemos o que fizemos, sabemos onde estivemos, sabemos o que não fizemos e deveríamos ter feito. Nós nos conhecemos muito bem”, lembrou.
O pastor diz que pensamentos de condenação acontecem frequentemente, que as pessoas não se sentem boas o suficiente, não se sentem carismáticas ou amáveis, se condenando devido aos erros que cometeram, permitindo que a culpa e a vergonha domine.
Para superar a condenação, o pastor afirma que é preciso aceitar e oferecer perdão, enfatizando que é importante fazer ambas as coisas, começando por aceitar o perdão de Jesus e perdoar as outras pessoas por seus erros cometidos.