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Vídeo: qual é o padrão que a Bíblia define para o jejum?

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Durante uma exposição sobre práticas espirituais, o pastor presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes explicou o entendimento bíblico sobre o jejum, destacando que a prática não deve ser utilizada como um meio de barganha com Deus nem entendida como ato meritório.

“Na Bíblia, o jejum não é visto como um ato meritório que tenha como objetivo convencer Deus a fazer alguma coisa por nós, como se fosse uma indulgência”, afirmou Nicodemus.

Segundo ele, o jejum deve ser visto como um complemento à oração, com foco no quebrantamento interior e na consciência da dependência de Deus. A abstinência de alimentos, prática recorrente nas Escrituras, tem por objetivo enfraquecer o corpo e evidenciar a necessidade espiritual do ser humano diante do Criador.

“Verificamos a nossa dependência de Deus através do pão cotidiano. Percebemos que somos criaturas, ao contrário de Deus, que é eterno”, disse.

O pastor acrescentou que o jejum verdadeiro conduz a uma postura correta diante de Deus, não se resumindo à privação física, mas ao investimento em oração, meditação e reflexão espiritual.

“A Bíblia não determina um tempo específico para o jejum. Jesus jejuou 40 dias, mas isso não é um padrão obrigatório”, explicou.

Sobre “jejum de redes sociais”

Ao comentar práticas populares contemporâneas, como “jejum de redes sociais”, “jejum de doces” ou “jejum de televisão”, Nicodemus foi enfático ao rejeitar tais termos como compatíveis com a doutrina bíblica do jejum.

“Esses jejuns modernos são invenções”, declarou.

De acordo com ele, fora da abstinência de alimentos e água, a única exceção registrada nas Escrituras é a abstinência sexual entre cônjuges, conforme registrado em 1 Coríntios 7. Nesse trecho, o apóstolo Paulo instrui os casais a se absterem temporariamente das relações sexuais, “por mútuo consentimento, por um período, para vos dedicardes à oração”.

Nicodemus observou que essa orientação possui uma finalidade espiritual clara e não deve ser confundida com propostas motivadas por votos pessoais ou resoluções genéricas.

Reflexão final

Encerrando sua exposição, o pastor citou uma frase do escritor e teólogo norte-americano John Piper, como forma de alerta quanto à negligência espiritual diante das distrações da era digital:

“O Facebook existe para, no dia do juízo, provar que muitos crentes deixaram de orar — e não foi por falta de tempo”.

A fala de Nicodemus integra uma série de reflexões teológicas que visam orientar a igreja sobre fundamentos bíblicos práticos, com ênfase na devoção autêntica e na centralidade das Escrituras.

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