vida cristã

Pastor lamenta “idolatria de convicções pessoais” nas igrejas

Pastor ressalta a importância da igreja entender que existem questões que são bíblicas muito antes de serem políticas.

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Pastor David Platt (Foto: Adam Covington/Baptist Press)

Nos últimos cinco anos, David Platt, pastor da Igreja McLean Bible perto de Washington, D.C., começou a notar uma tendência preocupante na Igreja: Em vez de se unirem em torno de Jesus, o Corpo de Cristo estava se dividindo cada vez mais por causa do que ele chama de “idolatria das convicções pessoais e políticas”.

Sendo assim, foi dessa crescente preocupação com a Igreja americana que Platt, autor de três best-sellers, escreveu o livro “Não se Contenha: Deixando para Trás o Evangelho Americano para Seguir Jesus”. Nele, ele adverte que o “evangelho americano” é uma ideologia que usa Jesus em prol do conforto, poder e política, e prosperidade no mundo em vez do verdadeiro Evangelho.

“Se não tomarmos cuidado, podemos confundir o Evangelho com ideais e valores americanos, poder e política, e, no processo, perder o caminho de Jesus. O que Ele nos chamou para fazer é muito maior do que aquilo que somos tentados a nos envolver neste mundo, especialmente no meu país, com a busca de conforto, poder, política e prosperidade aqui”, disse Platt, segundo The Christian Post.

Nesse sentido, ele afirma que as consequências disso são devastadoras e enfatiza que a Igreja deve se unificar em torno da “esperança que tem em Jesus”, citando Romanos 15. Seu desejo profundo é ver a Igreja unida em torno da pessoa de Jesus, em vez de ser dividida por convicções pessoais e políticas que muitas vezes têm precedência sobre o Evangelho.

Portanto, em seu livro, Platt categoriza as convicções em três grupos: O primeiro representa as crenças centrais não negociáveis ​​do Evangelho e a autoridade da Palavra de Deus; o segundo consiste em convicções que podem variar entre diferentes igrejas locais, enquanto o terceiro abrange questões em que os crentes podem concordar em discordar.

“Devemos garantir que saibamos em qual grupo cada crença se encaixa. Especialmente durante a última eleição, muitas pessoas colocaram em um mesmo grupo o modo como votaram e o sacrifício de Jesus e a Trindade. Não, essas coisas não são iguais. Então, precisamos ter cuidado para não misturar esses grupos e lembrar como amar as pessoas que têm convicções em grupos diferentes”, disse.

Além disso, Platt ressalta que a política e o conforto tem seu lugar mas eles nunca devem ofuscar o chamado para viver para o Reino eterno de Deus. Fomos chamados a seguir “Aquele que nos convida a morrer para nós mesmos neste mundo e viver para um mundo totalmente diferente”, não para viver por um país que um dia, como todos os outros, vai cair. E isso muda a forma como vivemos.

Por fim, ao abordar questões quentes e políticas no púlpito, Platt aconselha os pastores a priorizarem a clareza em questões em que a Bíblia fala diretamente e claramente. Reconhecendo a importância dos temas políticos, ele adverte contra permitir que a agenda do mundo dite a pregação e o ensino, pois existem questões que são bíblicas muito antes de serem políticas.

“Escrevi este livro para dizer: ‘Há muito mais em Jesus e muito mais do que a Igreja e podemos experimentar uma maravilha cheia de reverência em Jesus e a beleza extraterrena da Igreja. Mas algumas coisas precisam ser diferentes, não apenas para aquelas pessoas lá fora, mas começando em nós'”, concluiu.

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