igreja perseguida
Perseguição religiosa em Cuba mais que dobrou, aponta relatório
Relatório aponta que povo cubano está pronto para mudança, após mais de 60 anos de governo autoritário.
Um novo relatório sobre liberdade de religião ou crença (FoRB) em Cuba constata que o número de violações documentadas da FoRB aumentou em 2021, em meio a uma repressão generalizada de tumultos civis sem precedentes.
De acordo com CSW, o relatório, intitulado “Pátria, Fé, Vida: um apelo à liberdade em Cuba”, documenta 272 casos envolvendo 498 violações da FoRB 2021, contra 203 casos em 2020 e 260 em 2019.
Nesse sentido, as violações documentadas incluem detenção arbitrária, negação de vistos religiosos, ameaças, assédio e abuso físico, fechamento forçado de locais de culto, privação de assistir a cultos religiosos, privação de viajar ao exterior e a perda de emprego.
“Seguindo em frente, será vital que a sociedade civil independente em Cuba, incluindo grupos religiosos, continue a receber apoio da comunidade internacional”, aponta o relatório.
Desta forma, o relatório explora a repressão das autoridades cubanas contra líderes religiosos e participantes de protestos pacíficos que se espalharam por todo o país em 11 de julho de 2021. A CSW recebeu relatórios confirmados de oito líderes religiosos que foram detidos arbitrariamente, e muitas vezes de forma violenta.
Sendo assim, um dos líderes presos, o Pastor protestante Lorenzo Rosales Fajardo, está preso desde 11 de julho. Ele foi julgado em 20 e 21 de dezembro e ainda aguarda a notícia de sua sentença. O governo pediu dez anos de prisão.
Além disso, o relatório afirmou que o governo cubano deve fazer reformas muito necessárias para garantir que os direitos fundamentais de todos sejam protegidos e defendidos, e deve haver consequências se isso não acontecer.
“Após mais de 60 anos de governo autoritário de um só partido, parece que o povo cubano está pronto para a mudança. As democracias em todo o mundo deveriam explorar ativamente formas inovadoras de apoiá-las para garantir que qualquer transição seja pacífica e se mude para uma sociedade democrática mais representativa, inclusiva e aberta”, conclui o relatório.