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Raul Castro deixará comando do Partido Comunista de Cuba

Líder cubano espera que regime socialista seja mantido.

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Raul Castro (Foto: Ariel Ley Royero/ACN via AP)

Nesta sexta-feira (16), o primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC), Raúl Castro, disse que reconhece que a economia do país tem falhas estruturais e que ordenou a continuação de limites no setor privado para evitar a “destruição do socialismo”, em suas palavras.

“O governo cubano não deixou de estar presente com problemas estruturais do modelo econômico que não incentivam o trabalho e a inovação”, disse Castro no VIII Congresso do partido único cubano, na leitura do relatório.

Castro foi o primeiro secretário do partido e  está se despedindo do partido, em quatro dias, com 89 anos, quem vai substituí-lo é o atual presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, os dois comandam o encontro que está acontecendo.

A se reunem com cerca de 300 delegados, a imprensa não pode ter acesso ao grupo, que segue com as portas fechadas.

Um plano para não deixar o socialismo acabar

O líder máximo do PCC, irmão mais novo de Fidel Castro, prometeu que irá alcançar “um socialismo próspero e sustentável”, promessa já feita anteriormente por seu irmão revolucionário, com a Tarefa de Ordenamento que está em andamento.

A Tarefa de Ordenamento foi um plano aplicado desde janeiro que multiplicou os salários e os preços no país, o intuito era incentivar o trabalho, porém desvalorizou a moeda local e trouxe desgosto para os cidadãos que ficaram sem acesso às moedas estrangeiras.

No discurso de Castro, ele teria dito, segundo a imprensa oficial cubana, que vai consolidar o processo de investimento e aumentar a eficiência do setor estatal, da mesma maneira irá se tornar mais flexível com as instituições privadas.

Por fim, mesmo com todos os avanços ele disse que “há limites que não podemos ultrapassar, porque isso levaria à destruição do socialismo”, pois o Estado deve continuar o controle dos meios de produção.

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