vida cristã
Refugiados precisam ser acolhidos com amor, afirma pastor
“A terra pertence a Deus e nós somos peregrinos aqui”, lembra Hernandes Dias Lopes
Depois da crise migratória em Pacaraima, na fronteira entre Brasil e Venezuela, reacendeu a discussão sobre a questão dos refugiados no país. A cidade vem recebendo milhares de venezuelanos desde 2016.
O cenário na região fronteiriça ficou ainda mais tenso depois do protesto no final do mês passado, por causa do crime cometido por venezuelanos contra um comerciante brasileiro.
Antes disso, o clima já era ruim, já que a presença dos venezuelanos gerou disputa por empregos e vagas no sistema público de ensino e hospitais. Segundo o IBGE, Pacaraima que tinha cerca de 10 mil habitantes chegou a atender um volume de pessoas cinco vezes maior do que a população.
Venezuela vive uma crise econômica e social sem precedentes, daí o motivo de seus cidadãos buscarem refúgio no Brasil. De acordo com os dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), o número de solicitações de refúgios por venezuelanos no Brasil passou de 829 em 2015 para 3.375 em 2016.
Como os brasileiros deveriam reagir?
Para o teólogo Hernandes Dias Lopes, o fenômeno dos refugiados é uma oportunidade para que, pelo menos os cristãos, façam uma reflexão de que a Terra pertence a Deus.
“Muito embora as nações tenham fronteiras geográficas, linguísticas e culturais, toda a Terra é de Deus”, afirmou.
Ele deixa um alerta aos brasileiros: “Precisamos entender que, aqueles que buscam neste solo pátrio, uma chance ou uma esperança pra viver, precisam ser acolhidos com amor, com civilidade e com dignidade”, disse.
Hernandes lembra que todos são peregrinos e estrangeiros nesta terra. “Aqui não é o nosso lar permanente, aqui não é a nossa pátria permanente, aqui nós estamos de passagem”, lembrou.
Sob essa perspectiva, o conferencista encoraja os brasileiros a cuidar daqueles que buscam abrigo no Brasil. Ele acredita que os refugiados podem contribuir para o progresso da nação e, ao mesmo tempo, serem “alcançados pelo evangelho da graça de Deus”, conclui.
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