igreja perseguida
Regime chinês tenta invadir webinar de igreja em Hong Kong, relata pastor
Cristãos têm alertado sobre perseguição com nova lei no território autônomo.
Uma igreja em Hong Kong relatou que uma sessão online foi hackeada por agentes chineses sem nenhuma justificativa. O webinar tinha como tema “As Mudanças Históricas da Cruz sob a Bandeira Vermelha”, abordando as relações entre Igreja e Estado na China.
O pastor da igreja, Chan Minyi, relata que a transmissão acontecia pelo Google Meets, quando três usuários desconhecidos solicitaram autorização para entrar na sala online, eles se identificaram como membros do regime chinês, afirmando pertencer ao “National Security Bureau in China-Hong Kong Branch”, “National Security Bureau in China” e “Shenzhengovernment”, e o pastor negou a solicitação.
Quando o pastor explicava aos participantes o que havia ocorrido, lembrando que o tema da sessão não tinha relação com segurança nacional, um outro usuário o removeu imediatamente da sessão. Ao tentar voltar, o invasor voltou a remover o pastor por mais dez vezes, forçando a Igreja de Cristo na China (CCC) Tuen Mun Church a encerrar o webinar, segundo Premier Christian News.
Missões
Cristãos de Hong Kong já vinham alertando sobre o risco de perseguição e prejuízo que a missão poderia sofrer no território autônomo a partir da influência chinesa. Uma nova lei de segurança imposta pelo regime comunista chinês para controlar Hong Kong, tem gerado preocupação para ministérios cristãos internacionais com escritórios no território autônomo ou com conexões na região.
A lei que tem o objetivo de criminalizar o que chamam de “secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras na Região Administrativa Especial da China” entrou em vigor em 30 de junho e, na prática, tem o objetivo de calar os críticos ao regime do ditador Xi Jinping.