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Relatório aponta “década mais perigosa” com ameaças globais

Instituto Internacional de Estudos Estratégicos apontou riscos globais significativos.

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Soldados israelenses patrulham próximo a fronteira (Foto: Ohad Zwigenberg/AP)

O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), especializado em defesa militar, alertou para riscos globais significativos em seu relatório de 2024. O documento aponta a guerra entre Israel e Hamas no Oriente Médio, o conflito na Ucrânia e as crescentes tensões envolvendo China e Irã como indicadores de “uma década mais perigosa” no mundo.

O relatório, divulgado na terça-feira (13), ressalta que o mundo entrou em um ambiente de segurança altamente volátil no último ano, mencionando a vitória do Azerbaijão sobre separatistas armênios em Nagorno-Karabakh e golpes de Estado no Níger e no Gabão como exemplos de instabilidade.

De acordo com o IISS, a situação de insegurança continuará, caracterizando o próximo período como uma “década mais perigosa”, com o uso acentuado da força militar para impor demandas. Além disso, destaca o desejo de democracias compartilharem laços bilaterais e multilaterais na defesa como resposta a esse cenário.

O relatório aborda especificamente a guerra na Ucrânia, indicando que o Exército russo perdeu cerca de 3 mil veículos de combate desde a invasão, enquanto a Ucrânia, com ajuda ocidental, conseguiu reparar suas perdas, priorizando a qualidade.

Enquanto a ONU alerta sobre a fome global, com aproximadamente 735 milhões de pessoas enfrentando esse problema, o IISS destaca um aumento sem precedentes nos gastos militares globais, totalizando US$ 2,2 trilhões no ano passado, um aumento de 9%. Rússia e China dedicam mais de 30% de seus gastos públicos ao setor militar, e o Irã intensifica sua presença em áreas de conflito, como evidenciado pelo envio de mísseis aos rebeldes houthis no Iêmen.

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