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Religião é compatível com ciência, afirmam cientistas

Primeiros trabalhos científicos foram motivados pela crença em Deus

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Muita gente ainda pensa que a ciência e a religião vivem em guerra constante e que existe uma competição entre as duas cosmovisões. Mas, ao contrário disso, a verdade é que muitos cientistas já concordam que as duas áreas de estudo se complementam.

O professor irlandês David N. Livingstone, que é geógrafo cultural e o professor e historiador britânico John Hedley Brooke, falam sobre essa harmonia num artigo científico divulgado no site The Conversation. Ambos analisaram as diversas maneiras pelas quais ciência e religião trabalham juntas.

Além disso, argumentam que os primeiros trabalhos científicos foram motivados por uma crença em Deus. Eles acreditam que a ciência fornece respostas para muitas perguntas religiosas.

Por outro lado, o biólogo americano Jerry Coyne, que é conhecido por suas fortes críticas à teoria do Design Inteligente – ciência que trabalha com a hipótese de um Criador, afirmou que “ciência e religião são incompatíveis, assim como a racionalidade é incompatível com a irracionalidade”.

Casos isolados

Alguns cientistas evolucionistas são prejudicados pelo meio científico quando expõem alguma opinião diferente em defesa do criacionismo. É o caso do biólogo Michael Reiss, que foi obrigado a renunciar ao cargo de diretor da Royal Society, a instituição científica mais antiga do mundo, fundada em 1660, em Londres.

Em setembro de 2008, ele defendeu que os professores de ciências deveriam tratar melhor sobre a questão da origem da humanidade. “O criacionismo não deveria ser visto como um equívoco, mas como uma visão de mundo”, disse na época.

Na sequência, o bioquímico Richard Roberts escreveu ao presidente da Royal Society, Martin Rees, exigindo que o professor Reiss renunciasse o mais rápido possível. Reiss chegou a ser acusado de “defender um dogma não comprovado e sem importância”.

Harmonia entre religião e ciência

Uma ciência pode representar uma ameaça às crenças religiosas, enquanto que outras podem abrir espaço para investigações. Para o historiador Noah Yuval Harari “a pesquisa científica só pode florescer em aliança com alguma religião ou ideologia”.
Mas é claro que sempre haverá algum conflito, aqui ou ali. Como por exemplo, em casos onde a religião vai atribuir a cura de uma doença a um milagre, enquanto a ciência vai vincular o ocorrido às leis naturais.

De acordo com Graham Lawton, autor do livro How to be Human (Como ser Humano), “enquanto houver crise existencial, a religião vai continuar existindo”. Para ele, é humanamente impossível ser ateu e rejeitar todas as ideias religiosas.

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