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Reunião da ONU discute violação de direitos na Coreia do Norte

Volker Türk, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, falou sobre o trabalho forçado, desaparecimentos, sequestros e riscos de morte.

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Criança da Coreia do Norte (Foto: Reprodução/Open Doors)

A repressão severa enfrentada pelo povo norte-coreano foi destacada por diversos porta-vozes, com Volker Türk, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, discutindo como três leis específicas têm tornado a vida mais difícil para os cidadãos. “Simplificando, as pessoas na RPDC correm risco de morte por simplesmente assistir ou compartilhar uma série de televisão estrangeira”, disse Türk. Uma das leis aborda o consumo de mídia estrangeira, outra criminaliza o uso de linguagem que não esteja de acordo com o dialeto de Pyongyang, e a terceira força os jovens a se conformarem com um estilo de vida socialista.

Türk também falou sobre o trabalho forçado de prisioneiros e as cerca de 100.000 pessoas que desapareceram dentro e até mesmo fora do país, especialmente no Japão e na Coreia do Sul, onde cidadãos foram sequestrados por agentes secretos norte-coreanos no passado. Ele implorou ao governo norte-coreano que permitisse que as pessoas se reconectassem com seus entes queridos. “Simplificando, as pessoas na RPDC correm risco de morte por simplesmente assistir ou compartilhar uma série de televisão estrangeira”, disse ele.

Simon Lee*, coordenador da Open Doors para o ministério norte-coreano, destacou a posição especial dos cristãos, que são considerados inimigos do estado. “As pessoas no cenário internacional muitas vezes tendem a esquecer que os cristãos são considerados inimigos do estado”, disse Lee. “Uma das leis que foi mencionada na reunião do Conselho da ONU tem uma categoria específica para pessoas que distribuem ou leem materiais bíblicos. Só que, no texto oficial da lei, o cristianismo é chamado de ‘superstição’.”

Lee enfatizou a importância de não se esquecer da Coreia do Norte ao discutir direitos humanos em um nível político tão alto. Ele ressaltou três pontos principais para lembrar sobre a situação dos cristãos no país:

“Primeiramente, reconheça que a liberdade religiosa é um bom barômetro para o estado dos direitos humanos em geral”, afirmou. “Segundo, a punição por distribuir materiais religiosos é extremamente alta. Muitos cristãos que são presos recebem sentenças acima de dez anos de trabalho duro em uma colônia penal. Terceiro, lembre-se de que os cristãos não têm liberdade para se encontrar. Oficialmente, há apenas quatro igrejas na Coreia do Norte. Na realidade, todos os visitantes são membros do Partido dos Trabalhadores, o partido no poder na Coreia do Norte. O cristianismo é completamente proibido, e a Bíblia é um livro que quase sempre está escondido para o caso de haver buscas aleatórias em casas. Os pais têm medo de contar aos filhos sobre Deus. Em vez disso, são forçados a ensiná-los sobre os feitos dos líderes.”

 

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