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Reverendo pede que pregadores não usem inteligência artificial em sermões

Seeley demonstrou seu zelo pela pregação e seu propósito.

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Martin Seeley (Foto: Reprodução/YouTube)

O uso de inteligência artificial (IA) na preparação de sermões tem gerado preocupações entre líderes religiosos. O reverendo Martin Seeley, bispo de St Edmundsbury e Ipswich, da Igreja da Inglaterra, expressou sua inquietação sobre essa prática. Em um pronunciamento, Seeley enfatizou que o clero não deve usar IA para escrever sermões, pois isso não pode “transmitir a fé ou integridade do pregador”.

Seeley mencionou que recentemente participou de uma conferência sobre sermões, onde muitos estavam “bastante abertos aos benefícios” da IA, o que o alarmou. Um dos participantes destacou a vantagem de que a IA pode reunir o trabalho de inúmeras fontes e moldá-lo em um sermão conforme as instruções do pregador. No entanto, Seeley ressaltou o perigo de excluir a contribuição individual no processo: “Um pregador deve ter fé e integridade, e isso precisa transparecer quando ele prega. Como um sermão construído eletronicamente, onde o pregador simplesmente disse ao dispositivo de IA o que escrever, pode transmitir a fé ou integridade do pregador?”, questionou.

O reverendo destacou que na pregação, o próprio pregador é uma parte essencial da mensagem. Com o aumento da inovação tecnológica, ele acredita que pode ser difícil lembrar o que significa ser humano em tudo isso. Seeley afirmou que temos sido tentados a tratar a tecnologia como substituto dos seres humanos, em vez de agentes de conexão humana.

De acordo com o portal Daily Mail, Seeley demonstrou seu zelo pela pregação e seu propósito: “O Chat GPT pode muito bem produzir um sermão bem elaborado, mas os melhores comunicadores são aqueles que se conectam com sua congregação em um nível mais profundo, de pessoa para pessoa”. Ele também contrapôs a ideia de que a IA é “apenas uma extensão do que acontece agora, onde um pregador examina livros e lê sermões de outras pessoas antes de moldar o sermão que irá pregar”, ponderando que “um sermão de IA não substitui um sermão pregado diretamente do coração”.

Ao final, o bispo afirmou que a IA “pode acelerar o processo de escrever um sermão, uma redação ou qualquer outra coisa, mas, como o nome sugere, será sempre ‘artificial’”.

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