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Semente milenar permite a cientistas germinarem bálsamo de Gileade

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Pesquisadores israelenses germinaram uma árvore a partir de uma semente com mais de mil anos, possivelmente ligada ao lendário Bálsamo de Gileade, mencionado em textos bíblicos e históricos.

O projeto, liderado por Sarah Sallon, do Hospital Hadassah, teve início em 2010, após a descoberta da semente em uma caverna no deserto da Judeia. O Bálsamo de Gileade, citado na Bíblia como um remédio precioso, era conhecido por suas propriedades medicinais e valor comercial.

Durante o período do Antigo Testamento, sua produção era associada à região de Gileade, na atual Jordânia. Relatos históricos de Heródoto e Plínio, o Velho, destacam seu uso em perfumes, unguentos e tratamentos de saúde.

A semente germinada, datada entre os séculos X e XIII, resultou em uma árvore chamada Sheba, que alcançou 3,6 metros de altura. Apesar de não ser o Bálsamo de Gileade original, Sheba pertence ao gênero Commiphora, conhecido por espécies como o incenso e a mirra, ricas em compostos medicinais, incluindo triterpenos e esqualeno.

“Embora Sheba não seja o Bálsamo de Gileade original, ela é um parente próximo e um tesouro de compostos medicinais”, explicou Sallon. O trabalho busca resgatar plantas antigas e explorar suas aplicações terapêuticas.

Historicamente, o Bálsamo de Gileade foi considerado tão valioso quanto ouro, sendo disputado por impérios como Egito e Roma. Seu cultivo desapareceu gradualmente após a queda do Império Bizantino e a islamização da região.

A equipe de Sallon já obteve outros êxitos, como a germinação de tamareiras com 2.000 anos, encontradas em escavações em Masada. Uma dessas árvores, chamada Matusalém, foi cruzada com outra, Hannah, gerando frutos 30% maiores que as tâmaras modernas. Esses projetos visam reintroduzir espécies extintas localmente e preservar seu valor histórico e medicinal, segundo O Globo.

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