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Senadores cobram Alcolumbre para destravar indicação de pastor ao STF
O presidente do CCJ ignorou as solicitações e disse que ainda não há data para a sabatina.
Durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi cobrado para agendar a sabatina do pastor e jurista evangélico André Mendonça para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).
Álvaro Dias (Podemos -PR) fez uma alerta ao presidente da CCJ sobre a obrigação do Senado Federal e da Comissão de avaliar o nome que foi indicado pelo presidente da República.
“Nós não podemos ser responsabilizados pelo eventual impasse que venha ocorrer no Supremo, com um empate de 5 a 5 em determinadas circunstâncias. Por isso, presidente, acho que é do nosso dever, independentemente da posição de cada um, favorável ou contrário à indicação, a sabatina é do nosso dever”, acrescentou Dias.
Outros parlamentares também apoiaram a cobrança do paranaense, como Soraya Thronicke (PSL-MS), Esperidião Amin (Progressistas-SC) e a evangélica Eliziane Gama (Cidadania-MA).
Depois das cobranças, Alcolumbre fez pouco caso dos comentários dos colegas e afirmou que “ainda não há uma data prevista para a sabatina do indicado”.
Cinismo de Alcolumbre
O Senador Alessandro Vieira (Cidadania-RS), opositor de Bolsonaro, insistiu em perguntar depois da sua resposta qual seria o motivo de tanta demora, visto que quando presidentes anteriores indicaram nomes ao STF esse procedimento nunca demorou tanto para ocorrer.
“A atribuição do Senado é sabatinar esse nome e garantir que ele tenha os requisitos constitucionais para ocupar o cargo. Não cabe ao Senado interferir na indicação, não cabe ao Senado negociar nomes para a indicação. Então peço, porque não consigo visualizá-los, quais são os elementos que fazem com que vossa excelência, no honroso cargo de presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado da República, se negue a fazer o agendamento de uma sabatina simples de uma autoridade indicada”, declarou Vieira.
O jornalista Guilherme Fiuza, comentarista do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, avaliou o comportamento de Alcolumbre como cinismo.