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Soldado cristão morto pelo Hamas tem cruz de túmulo coberta em Israel

A mãe de David Bogdanovskyi soube que a lápide de seu filho havia sido coberta com um pano preto.

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O sargento David Bogdanovsk (Foto: Reprodução/Unidade do Porta-Voz da IDF)

O Ministério da Defesa israelense está em negociações com a família do sargento David Bogdanovskyi, que faleceu em combate na Faixa de Gaza em dezembro, para a remoção de uma cruz gravada em sua lápide no cemitério militar de Haifa. A decisão se baseia na regulamentação que proíbe símbolos religiosos em túmulos militares de Israel.

“Por lei, não é permitido colocar uma cruz ou qualquer outro marcador religioso em uma lápide militar”, afirmou o Ministério em comunicado, ressaltando a decisão do Rabino Chefe das Forças de Defesa de Israel (IDF), que considera que a presença da cruz compromete a santidade do cemitério judaico.

Apesar da dor da perda, a família de Bogdanovskyi resiste à remoção do símbolo cristão, argumentando que outras sepulturas no mesmo local têm marcadores religiosos. “A cruz gravada em sua lápide faz parte de sua identidade pessoal e da fé na qual ele foi criado”, afirmou Yulia, mãe do soldado.

A mãe do sargento relatou ter descoberto que a lápide de seu filho havia sido coberta com um pano preto durante uma cerimônia em 7 de outubro, em respeito aos outros soldados judeus enterrados no local. “Não tenho palavras para descrever a humilhação que senti”, disse ela.

Segundo o Jerusalem Post, a família Bogdanovskyi, que imigrou da Ucrânia em 2014, está devastada pela situação. “Sinto que o exército e o estado traíram a memória de David”, lamentou Vadim, pai do soldado. A dor da família é agravada pela incerteza em relação ao futuro da lápide, já que a remoção da cruz parece ser iminente.

Um amigo da família questionou a lógica da exigência: “Há outros túmulos com cruzes. Por que a de David deve ser removida?” Ele ainda mencionou que, se a lápide não for ajustada, há a possibilidade de o túmulo ser deslocado.

O Ministério da Defesa garantiu estar tratando a questão com sensibilidade, equilibrando as necessidades da família de Bogdanovskyi e os sentimentos das famílias judias que compartilham o cemitério. “O Ministério continuará a apoiar a família e todas as famílias enlutadas”, afirmou em nota oficial.

Bogdanovskyi serviu no Corpo de Engenharia de Combate das IDF e morreu em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. Sua família agora enfrenta o desafio de preservar a memória de um soldado que deu sua vida pelo país, em meio a um impasse sobre símbolos religiosos em sua lápide.

 

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