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“Somos contra a obrigatoriedade da vacina”, diz presidente do Conselho Federal de Medicina

O cirurgião geral afirmou que o Brasil não está pronto para afrouxar as restrições de saúde contra a Covid-19.

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Seringas (Foto: Vesna Harni/Pixabay)

Nesta terça-feira (15), Mauro Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), disse em uma entrevista ao programa de rádio Jovem Pan “Os Pingos nos Is”, que o Conselho é totalmente contra a obrigatoriedade da vacina da Covid-19.

Durante a conversa, o cirurgião geral falou sobre os índices de mortalidade do novo coronavírus, sobre o uso de máscaras, as medidas restritivas e as campanhas de vacinação no Brasil.

Para o CFM é impossível não decretar o uso de máscaras no Brasil, pois os dados não apontam que as medidas restritivas devem ser afrouxadas, pelo contrário, eles defendem o distanciamento social, uso de máscara, não aglomeração, higiene de mãos e medidas restritivas.

Comparando a situação do Brasil com a dos EUA que aboliram o uso de máscaras, Ribeiro comentou que os dados epidemiológicos dos EUA estão melhores, contudo, “a população brasileira não está pronta para retirar o uso obrigatório de máscara”, disse.

Sobre a obrigatoriedade da vacina

Já sobre a obrigatoriedade da vacina, o cirurgião geral, afirmou que o CFM é terminantemente contra a obrigatoriedade da vacina do coronavírus, pois as pessoas devem ser livres para escolher o que lhes convêm.

“Cabe a entidades relacionadas à área da saúde convencer a população de que é importante tomar a vacina”, afirmou.

Além disso, Ribeiro argumentou da necessidade dos indivíduos serem conscientizados sobre os riscos dos imunizantes, pois são substâncias que serão injetadas em pessoas sãs.

“Os cidadãos têm direito de negar a vacina. Porém, o Conselho Federal de Medicina é favorável à vacinação, pois é a única forma de prevenção da covid-19”, alegou.

O presidente da CFM avaliou que a Covid-19 é altamente transmissível, porém de baixa mortalidade, provavelmente abaixo de 1%, por isso, para ele, os números totais de mortes são inaceitáveis, segundo a Revista Oeste.

“As pessoas atacam o presidente da República e os profissionais que passaram pelo Ministério da Saúde. Mas eles não são responsáveis por morte alguma”, concluiu.

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