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Na última semana, terroristas do Boko Haram atacaram uma comunidade predominantemente cristã no estado de Borno, no nordeste da Nigéria. O ataque ocorreu na vila de Kwaple, localizada no Condado de Chibok, uma área já conhecida pelos frequentes ataques do grupo extremista. De acordo com relatos de moradores locais, sete cristãos foram mortos e várias casas e igrejas foram incendiadas durante a ação. James Musa, morador da área, relatou que o ataque aconteceu por volta das 17h00: "A vila de Kwaple está sob ataque de terroristas do Boko Haram. Por favor, rezem pela intervenção de Deus", pediu ele, ecoando a angústia de outros residentes, que enviaram mensagens de texto ao Morning Star News. Ibrahim Adamu, outro morador, disse que as vítimas estavam presentes em um velório e foram atingidas enquanto estavam em luto. Além das sete mortes, vários outros ficaram gravemente feridos. Modu Mustapha, presidente do Conselho do Governo Local de Chibok, confirmou o ataque. "Na segunda-feira, por volta das 17h, terroristas do Boko Haram atacaram cristãos em um velório na comunidade de Kwaple", disse Mustapha em entrevista à mesma fonte. O ataque causou pânico entre os moradores, que fugiram desesperados ao serem alvejados aleatoriamente pelos insurgentes. Várias igrejas também foram destruídas durante o ataque, e os feridos receberam tratamento hospitalar. Este ataque é o mais recente de uma série de ações violentas realizadas pelo Boko Haram e sua ramificação, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP), no nordeste da Nigéria. A violência tem se intensificado desde o final de abril, com outros ataques em regiões vizinhas. No sábado (26 de abril), 10 civis e dois agentes de segurança foram emboscados e mortos na região de Gwoza, também em Borno. Nesse mesmo dia, em Adamawa, outro ataque do Boko Haram resultou na morte de 10 pessoas e ferimentos em várias outras na vila de Kopre. Além disso, na segunda-feira (28 de abril), 26 pessoas morreram em uma explosão provocada por um dispositivo improvisado enquanto dois veículos viajavam entre Rann e Gamboru Ngala, também em Borno. O Boko Haram, que busca a imposição da sharia (lei islâmica) em toda a Nigéria, tem sido responsável por diversas atrocidades desde a sua fundação, com um foco particular na perseguição de cristãos. O grupo, formalmente conhecido como Jamā'at Ahl as-Sunnah lid-Da'wah wa'l-Jihād, se dividiu em 2016, resultando na formação do ISWAP. Ambos os grupos têm se envolvido em ataques jihadistas, com o Boko Haram sendo particularmente violento na região nordeste do país. A ideologia do Boko Haram sustenta que todos os muçulmanos que não se juntam à jihad são infiéis, o que justifica, segundo eles, a eliminação de quem consideram "apóstatas". Essa interpretação estrita do jihadismo salafista está em desacordo com o islamismo tradicional, o que tem gerado controvérsias dentro da comunidade muçulmana. A Nigéria continua sendo uma das nações mais perigosas do mundo para os cristãos, conforme relatado pela Lista Mundial de Perseguição 2025 da Portas Abertas. O país segue sendo um ponto crítico de violência religiosa, onde os cristãos enfrentam sérias ameaças à sua segurança e liberdade de fé.

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Ataque do Boko Haram ceifa vida de 7 cristãos e destrói casas

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